A onda de violência política que vem tomando conta do Brasil e, na Paraíba não diferente, ameaçar sufocar a democracia e a liberdade de expressão.
Eu não sei como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai resolver a questão. Se vai precisar enviar tropas federais para as principais cidades, se vai precisar fortalecer esquemas de seguranças junto às polícias militares. Mas algo urgentemente precisa ser feito.
Como as coisas tem caminhado, parece ser apenas uma questão de tempo para que mais pessoas morram por conta dos extremismos políticos e, inclusive, candidatos.
No nosso estado, por exemplo, além do triste episódio da reunião da direita, no último dia 9, que quase terminou em tragédia após uma confusão entre os apoiadores da família Roberto e os do candidato a deputado federal Cabo Gilberto, outros episódios chamaram a atenção.
Nesse sábado, foi a vez da centro-esquerda protagonizar o tumulto da vez: assessores e aliados do candidato a deputado federal Raniery Paulino (Republicanos) agrediram fisicamente o presidente do PSB da Paraíba, Gervásio Maia, e o acusaram de ter proferido ofensas raciais.
O candidato a deputado estadual pelo PSOL Cícero Ezequial, o Ciço Filho, foi ameaçado por um homem armado com uma faca nesse domingo (18) enquanto cumpria agenda na Feira de Oitizeiro, em João Pessoa.
Enquanto isso, as pessoas, principalmente eleitoras de candidatos e partidos considerados de esquerda, estão com medo de adesivarem seus carros, de colocarem roupa de determinada de cor, de expor suas ideias nas redes sociais ou em público. É a morte lenta e silenciosa da democracia.
Eu, como um simples colunista, não vou ousar arrogar saber as soluções nem as causas para este problema tão complexo e amplo. Deixo para os intelectuais e as autoridades responsáveis. A única coisa que eu peço é o senso de urgência e o mínimo de bom senso por parte de políticos que arrastam multidões para as ruas. Abaixem as armas verbais.
Feliphe Rojas (@feliferojas)
PB Agora