Controversas declarações do ex-vereador pessoense Marconi Paiva (PSDC), esta semana, davam conta de que seis partidos teriam firmado apoio à candidatura de José Maranhão ao Governo do Estado: PT do B, PRTB, PSDC, PV, PRB e PHS. Segundo notícia veiculada aqui no PB Agora, Paiva teria dito que o pacto de apoio à reeleição do atual governador foi definido entre representantes das legendas durante almoço ocorrido ontem, que deveria ser ratificado oficialmente na convenção do PMDB que aconteceu hoje, em João Pessoa.
Outras informações, entretanto, davam conta de um caminho contrário. O tal almoço, de fato, ocorreu, mas sem representante da direção do Partido Humanista da Solidariedade (PHS). Mais que isso, teria sido acertado entre o grupo que as negociações para alianças, quer com José Maranhão, quer com Ricardo Coutinho (Cícero é carta fora do baralho) se darão em bloco, numa filosofia “pequenos unidos jamais serão vencidos”. Seja como for, o PRB do senador Roberto Cavalcanti já anunciou apoio a Ricardo Coutinho.
PHS REBATE
O presidente estadual do PHS, Júlio César Viana, rebateu as informações do ex-vereador Marconi Paiva. Em e-mail que me foi repassado por Érico Feitosa, presidente do diretório do partido em Campina Grande e pré-candidato ao Governo do Estado, Júlio César esclarece: “Em uma conversa que tive com o Presidente do PRTB, Tito, e com o Marconi Paiva, muitos meses atrás, falou-se em uma composição de um grupo de pequenos partidos. Mas a nossa palavra foi e é a mesma: só conversaremos mais adiante, após o nosso plebiscito. Se formos buscar alianças, nós mesmos saberemos assim definir. Não temos ninguém autorizado a falar pelo partido, muito menos quem não é do nosso quadro de filiados“.
Júlio César Viana explica, ainda, que o PHS conta com dois pré-candidatos. O primeiro é Walter Bandeira, que preside o diretório pessoense. O segundo, Érico Feitosa, foi candidato a prefeito em Campina Grande no ano passado, tendo recebido 5.516 votos, números que ajudaram a provocar o segundo turno do pleito.
INSATISFAÇÕES NO PSL
A cúpula do partido não confirma, mas o PSL, aliado até agora tido como certo pelo governador José Maranhão, pode não ser um parceiro tão certo assim. O problema é que muitos duvidam que o PSL venha a ter espaço relevante numa composição com o PMDB e, neste caso, enxergam no isolamento de Cícero Lucena uma chapa onde teriam maior destaque. Os sociais liberais, entretanto, podem entrar numa sinuca de bico se a candidatura do tucano não acontecer, tendo em vista que qualquer possibilidade de aproximação com Ricardo Coutinho soaria como verdadeira blasfêmia para o partido de Nadja Palitot e Francisco Barreto.
E O PT?
Apesar da vitória do deputado estadual Rodrigo Soares no Processo de Eleições Diretas do Partido dos Trabalhadores, a maioria dos delegados que deverão definir os rumos da legenda para 2010 é ligada ao deputado federal Luiz Couto, derrotado no PED e que rejeita veementemente qualquer vínculo com José Maranhão. Fato é que o PT, dividido como está em todo o Estado, não agrega valor em termos de voto, mas, de qualquer forma, é o partido do presidente da República, além de somar tempo no guia eleitoral.
Mas, apesar da maioria ligada a Luiz Couto, poucos duvidam que o PT acabe não formando com Maranhão. Para onde iriam? Cícero, tucano, é fora de cogitação. Ricardo Coutinho, aliado ao DEM, não dá. Candidatura própria, como já teorizou Couto, é algo inviável. Além do mais, há que se lembrar que José Maranhão hoje é o Governo e, como tal, uma parceria por natureza atraente, já que em política, mais vale um ano certo junto ao poder que quatro anos de “sabe-se lá”.
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Vou abrir uma exceção aqui, neste artigo, para um breve comentário sobre a questão do PT. Antes de mais nada, é muito cômodo para quem lê tecer críticas ferinas a quem escreveu. É cômodo, é fácil e, muitas vezes, um ato de covardia, porque não está na nossa frente, cara a cara. É falta de caráter e de dignidade. Impressiona o quanto tem gente disposta a entrar nesses espaços apenas para ofender os articulistas, um é babão, outro é “topeira”, um tem saudade de Cássio, outra é cachorra, isso e aquilo. É falta do que fazer. Mas sei que, em muitos casos, é gente que se incomoda quando não nos pode classificar como maranhista, cassista, ricardista… Por isso reclamam da “falta de assunto bom”, porque assunto bom é o apego à defesa de grupo A ou B. Por fim, é gente que se incomoda porque tem alguém em um espaço onde queria estar. Basta pedir a vaga aos donos do portal, ora! Tem até concurso para colunista. Inscreva-se.
A crítica é sempre muito positiva e necessária, mesmo a mais abertamente discordante e veemente, desde que construtiva, respeitosa. Mas a baixaria barata, não. Isso tem que ter limites.
Sobre o caso do PT, além dos números de que dispunha, buscamos ratificar informações junto ao Partido no Estado. Sim, Luiz Couto fez a maioria dos delegados, em números diretos: cerca de 35% contra 28% de Rodrigo Soares. Ponto. Juntando todas as chapas, porém, em tese lógica o padre não tem maioria. Mas, mesmo sendo lógica, é tese. Porque também em tese ninguém tem a maioria. Porque afirmar que a quase totalidade dos que votaram nas outras chapas adere a Rodrigo Soares é, também, tese. Uma tese, aliás, que defendi no artigo, observe-se bem. Se claro não ficou, paciência, vamos procurar melhorar. Mas, pesquise-se e ver-se-á quanto não se disse que “Luiz Couto elege maioria dos delegados”, por internet, jornais e afins. E o mundo não se acaba. O problema (na crítica desrespeitosa) é a total falta de civilidade, apreço à dignidade do próximo, e um despeito gratuito e incompreensível. Além da covardia. Grato a todos. Paz!
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