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Os excessos de Cícero

O senador Cícero Lucena é, a um ano das eleições, o terceiro colocado distante de uma disputa polarizada entre o governador do Estado e o prefeito da Capital. É o que possui maior rejeição na Grande João Pessoa, região em que se intitula como líder, e o único entre os concorrentes que não possui uma máquina pública para gerir serviços.

Na condição em que se encontra, querendo conquistar apoios internos, mais do que ninguém, o senador Cícero Lucena deveria estar proibido de provocar qualquer aliado. Mais do que isso: deveria estar proibido de responder a qualquer provocação.

Aliás, foi, em outras palavras, o que ele mesmo disse quando saiu daquela demorada reunião com Cássio e a bancada oposicionista na Assembléia na casa de Ricardo Marcelo. Lá, depois de cinco horas de reunião, Cícero saiu dizendo que a meta era recuperar o apoio de aliados.

Não será insinuando que eles estão “à beira da traição” que o senador vai conseguir isso. Ao direcionar declarações contrárias aos deputados Rômulo Gouveia e Zenóbio Toscano, o senador conseguiu um feito: desagradou a toda base de Cássio. E, quiçá, ao próprio ex-governador tucano. Fez exatamente o que os torcedores da aliança do cassismo com Ricardo Coutinho querem: ver o circo pegar fogo. Basta ver os efeitos.

As declarações de Zenóbio Toscano, considerado pelo grupo um paficista e fiel escudeiro do grupo desde 1998, e de Rômulo Gouveia, que até nota redigiu. Além deles, todos se sentiram atingidos. Porque ao questionar a postura de Rômulo e Zenóbio, o senador tucano, que almeja por um apoio do cassismo, atingiu todos os líderes cassistas que mantém boas relações políticas com o prefeito da Capital.

Não será exagero dizer que ajudou a abrir ainda mais a distância em que o separa do apoio de Cássio.

E faz isso porque insiste em chamar de traição algo que deveria encarar como “regras políticas”: recebe apoio quem reúne maiores condições de vencer. Mas Ricardo Coutinho é um inimigo?, dirão alguns. Inimigo de Cícero. Não do grupo. Eis o problema.Inimigo do grupo como um todo é, pelo menos teoricamente, o governador Maranhão que governa hoje sem Cássio e sem Cícero.

E o senador, pelo que se sabe, ainda não considerou à beira da traição nenhum de seus aliados que se alinharam ao governador.

 

 

Rapidinhas

Casório à vista – O prefeito Ricardo Coutinho (PSB) está nas nuvens. Curtindo novo romance, já foi visto com um “pneu” tamanho família na mão direita. Certamente, quer disputar a eleição com uma candidata a primeira-dama.

Cauteloso – Assim que soube da briga entre o deputado Rômulo Gouveia e o senador Cícero Lucena, o ex-governador Cássio deixou escapar: “Não entro em briga de cachorro grande: é um senador da República contra um deputado federal”.

Uau – Nem Cássio, nem Ricardo, nem Maranhão. Para Dércio Alcântra, quem ganhou com a última pesquisa Ibope foi o PB Agora que se credenciou ao ver os números do instituto confirmando recente pesquisa veiculada no site. Clique aqui e confira no blog.
 


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