Não é tão fácil como se pensa, ou como pensa a Polícia da Paraíba, prender os verdadeiros assassinos do ex-vereador e advogado Manoel Matos, ativo combatente na luta contra o extermínio, executado no último final de semana, em terras paraibanas. Pode-se até pegar quem puxou o gatilho ou quem mandou matar, mas nunca se poderá dimensionar a quantidade – nem a identidade – daqueles que não o fizeram, mas torceram pela execução.
E, efeito contínuo, respiraram aliviados com a consumação do fato. Porque, na verdade, são muitos os assassinos de Manoel Matos. É grande a lista daqueles que queriam ver calada a voz da denúncia e da indignação. Prova disso é o extenso histórico de atentados sofridos pelo advogado assassinado no último final de semana. Desde 2001 que Matos escapa de ciladas por ter, como se diz no interior, “a língua grande”.
Na CPI do Extermínio, capitaneada pelo deputado paraibano Luiz Couto, os depoimentos de Matos mexeram com muita gente, entre eles, como se sabe, o deputado paraibano Manoel Júnior. E ainda muita gente grande. Que hoje, mesmo sem ter ligação direta com a morte recente, está satisfeita, acompanhando caladinha a crônica policial sobre o tema.
Os grandões, mandantes dos crimes, ficam aliviados com essas execuções “queima de arquivo”. Mesmo que nem tenham relação alguma com o fato. Porque ficou evidente na CPI do Extermínio no Nordeste, na CPI da Violência no Campo e do Crime Organizado do campo que figuras como o Sargento Flávio, na verdade, são sempre “funcionários” de gente de posses, sejam eles políticos, fazendeiros ou magistrados, ou tudo junto numa só pessoa.
Muitos policiais por este interior afora são “capangas” de ricaços. Falo “muitos policiais”, não todos. Para não cair no erro do deputado federal Luiz Couto, outro combatente, ao menos publicamente, contra o extermínio e o crime organizado na Paraíba e no Nordeste. Luiz Couto erra ao procurar igualar a polícia que extermina com a que não consegue coibir o extermínio.
São duas polícias diferentes. Uma é criminosa. A outra pode ser chamada no máximo de inoperante. Não se pode querer igualar as duas, sob o risco de atenuar o crime da primeira. Assim, ao meu ver, Luiz Couto, que toda vez sai “atirando” contra quem estiver na Segurança Pública do governo do Estado quando isso acontece, contribui muito pouco para o processo.
Queria vê-lo como secretário de Segurança Pública da Paraíba. Só pra sentir se o discurso se adequaria à prática. Mas isso é o do menos. O pior é saber que, no máximo, apenas um assassino seja condenado por matar Manoel Matos. Enquanto tantos outros estarão à solta, passeando em shoppings com a família aos domingos.
Os verdadeiros tubarões, aliviados com o silêncio tumular de Matos, continuarão assim nadando aliviados pelo oceano do crime organizado.
Contam por aí…
Marconi Paiva vetado
Que o vereador derrotado Marconi Paiva, ex-quase-tudo na primeira gestão de Ricardo, quase entrou na reforma da segunda gestão do Mago.
Estava tudo certo dentro do PP, que iria indicá-lo. Até que veio um veto pessoal do prefeito, nos seguintes termos: “Qualquer um, menos Marconi”.
Os Ribeiros, comandantes do PP, não tiveram outra alternativa.
Cássio engoliu calado
Acompanhe essa história.
Certa vez, numa reunião de secretariados, Cássio disse que a TV Cabo Branco, infelizmente, não cobre inaugurações do governo do Estado. Segundo ele, que reproduzia falas da editora da TV, a simpática Ana Viana, não é muito viável editoralmente. Ou seja, Cássio não só engoliu a história como repassou para os aliados, tentando convencê-los.
(Veja se Nonato Bandeira e Ricardo Coutinho aceitariam uma historinha dessas. O Jornal Nacional, por exemplo, está em todos os eventos do presidente Lula. Mas vamos em frente).
Pois não é que a editora da TV Cabo Branco, Ana Viana, viu a casa cair quando seus colegas da Globo de Pernambuco deram um material exclusivo sobre a morte do advogado Manoel Matos e a afiliada na Paraíba não conseguiu acompanhar.
O que forçou Viana a ligar para o governador e pedir um “furo” sobre o tema para compensar. E Cássio, que não goza de farta de divulgação das ações do Estado na TV Cabo Branco, atendeu o pedido na hora. E determinou que Eitel Santiago desse qualquer coisa “exclusiva” para a TV de Eduardo Carlos.
E ainda tem gente que diz que o governador é insensível.
Nasce um filho
Eu já tive muitas felicidades na vida, Graças a Deus. Uma das maiores foi, certamente, a do nascimento de Larissa, minha filha. Como ainda não tive coragem de dar-lhe um irmãozinho, apresento-a ao PB Agora.com.br, com certeza um novo filho em minha vida. Vamos em frente!!!
O portal, além de muitos, tem um compromisso: coragem.
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