Um dos mais renomados advogados e professores de direito eleitoral Harrison Targino considera que numa campanha mais curta, como será a deste ano, leva vantagem no jogo político que já está em campo ou tem presença social forte, como artistas, jornalistas, cantores, jogadores de futebol, entre outros famosos.
Segundo ele, a dificuldade para os políticos tradicionais vem do alto desgaste que tiveram por conta da exposição recente dos desvios do sistema político. “Há sim uma propensão social de indignação e refutação dos políticos, o que pode favorecer a emergência de novos atores. A campanha curta, entretanto, não permite que estes novos atores se divulguem na intensidade necessária, o que implicará na diminuição da renovação política”, comentou Harrison Targino.
De acordo com o advogado, em uma sociedade em rede, o espaço público termina saindo da dimensão física tradicional para os canais de diálogo e expressão virtual (internet, mídia digital e aplicativos sociais). “Neste espaço a fake news é praticamente incontrolável. Em nome da liberdade de expressão, os limites à participação política devem ser mínimos. E como política diz com paixão, os exageros ocorrem com frequência. O controle deve dar-se com muito cuidado sobretudo sobre o fluxo induzido por bots, que são máquinas que simulam pessoas nas redes sociais”, disse.
Redação