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Paraíba vira moeda de troca para fortalecer Pernambuco

Conforme divulgamos aqui em primeira mão, Pernambuco vai mesmo receber outra montadora. Depois da Fiat, agora será a vez da Volkswagen instalar unidade no vizinho estado. Até aí, tudo bem, Pernambuco merece. Até porque tem um governador que, realmente, sabe conquistar.

O que mais irrita os paraibanos é o fato de, mais uma vez, a Paraíba ficar a reboque de Pernambuco. E, desta vez, com um agravante: a denúncia que fizemos foi confirmada e Pernambuco, lamentavelmente, considera a Paraíba uma simples ‘moeda de troca’, com a subserviência, conivência, dependência, aceitação do nosso governador Ricardo Coutinho.

Pois não é que Eduardo Campos, o todo-poderoso do PSB, usou a Paraíba em reunião no último dia 10 de outubro com representantes da montadora no Brasil e na Alemanha, em Recife, durante um jantar, para ter o investimento confirmado em seu estado? Que triste sina essa nossa… Fomos usados da pior forma possível.

É mesmo que eu estar vendo: “Não se preocupe, Eduardo, pode incluir o apoio da Paraíba quando for negociar com a Volks. Lá eu determino e eles tem que aceitar. Diga que a Paraíba não será entrave para que Pernambuco consiga mais um investimento. Com o povo de lá eu me viro. Use a Paraíba à vontade na sua negociação”. Lamentável mesmo.

Segundo o jornal Valor Econômico, de São Paulo, a Volkswagen chegou até a manter contato com outros estados, mas acabou por optar por Pernambuco, que ofereceu melhores condições – inclusive a garantia de que teria apoio dos governadores da Paraíba e do Ceará. Provavelmente, a Volks nem manteve contato com a Paraíba, depois de receber um aval desses…

A manchete do Jornal Correio da Paraíba desta quarta-feira, dia 26, um dia após denunciarmos aqui a manobra, não deixa dúvidas: “Depois da Fiat, PE briga pela Volks, com apoio da Paraíba”. Precisa dizer mais?

O discursozinho de que a Paraíba vai sair ganhando, pois ficará com as sobras de Pernambuco (falam que alguns empregos poderão ser recrutados aqui) é muito pouco para o que estamos acostumados a ver em outros estados. Precisamos de um governador que saiba defender nosso estado com unhas e dentes. Não que continue entregando ele de bandeja, de graça (ou será que não é de graça, hein?).

Em tempo: é bom lembrar o exemplo do Senador Vital do Rêgo, que arrumou dois grandes inimigos para o resto da vida (Rio de Janeiro e Espírito Santo) por defender os estados não produtores do petróleo, quando da elaboração do seu relatório sobre o novo modelo de partilha dos royalties do pré-sal. É bom que se registre…

Como diria Silvio Santos em relação ao nosso governador: “Que coisa!!!”.


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