Contrato da empresa Aliança com PMCG e o maior São João do Mundo entra em xeque após prisão de diretor na Operação Fantoche
Após o dono da empresa Aliança, que organiza o Maior São João do Mundo, em Campina Grande ter sido preso durante a operação Fantoche, o prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSDB) evitou polemizar o tema e alegando estar licenciado, revelou que só se posicionará oficialmente na próxima semana depois de reunião com o Tribunal de Contas da Paraíba.
Ele pontuou ainda que o São João não teria recebido verbas do ministério do Turismo.
"Estou na prefeitura desde 2013 e já chegamos a 2019 e não recebemos nenhum centavo do Ministério do Turismo. Esse tipo de evento que está configurado nesta investigação, não recebemos nada, rejeitei esse tipo de recurso porque era questionada a utilização em muitos municípios brasileiros”, declarou.
O prefeito também não ratificou se diante desses escândalos continuará ou não com a empresa Aliança na organização do evento.
Com a neutralidade do gestor, a possibilidade da manutenção do contrato com a empresa investigada entra em xeque.
EM TEMPO
No início da tarde desta terça-feira (19) a prefeitura de Campina emitiu uma nota sobre o caso. Leia abaixo:
NOTA
Diante das notícias relativas às investigações envolvendo a Empresa Aliança Comunicação e Cultura, na manhã desta terça-feira, 19, a Prefeitura Municipal de Campina Grande vem a público esclarecer os seguintes pontos:
1) Nada, absolutamente nada, em relação às investigações da Operação Fantoche, diz respeito ao Município de Campina Grande, à Prefeitura ou ao seu maior evento, o Maior São João do Mundo. Pelo que está exposto, até o momento, as apurações em curso estão relacionadas a um suposto envolvimento da Aliança Comunicação e Cultura – que venceu a licitação para captar e gerir a festa junina de Campina – com supostos projetos do Sistema S junto ao Ministério do Turismo, no período de 2002 a 2010.
2) Nos seis anos da atual gestão do prefeito Romero Rodrigues, a Prefeitura de Campina Grande nunca recebeu um só centavo proveniente do Ministério do Turismo para bancar ou apoiar quaisquer projetos, de qualquer natureza, de interesse do Município.
3) A Prefeitura de Campina Grande reafirma sua plena convicção de que o atual modelo de Parceria Público Privada (PPP) adotado, desde 2017, para captar recursos e gerir o Maior São João do Mundo é o mais eficiente na obtenção dos resultados e no uso mais racional dos recursos públicos, levando-se em conta que os cofres municipais deixam de bancar despesas na ordem de R$ 10 milhões por cada edição do evento, limitando-se a uma responsabilidade contratual de apenas R$, 2,9 milhões.
4) Qualquer decisão a respeito do contrato entre o Município e a empresa Aliança Comunicação e Cultura, no tocante ao Maior São João do Mundo 2019, só deverá ser adotada e anunciada pelo prefeito Romero Rodrigues, ao longo da próxima semana, quando de seu retorno da licença que está gozando desde esta última segunda-feira, 18.
5) A Prefeitura, por fim, renova sua fé na capacidade de superação do povo de Campina Grande diante das adversidades, como já demonstrou em diversas oportunidades, mantendo no mesmo alto nível a organização, promoção e divulgação de sua maior festa, que há três décadas marca o calendário turístico nacional, tornando-se, com mérito, maior símbolo da identidade e do orgulho do Nordeste e de suas raízes culturais.
PB Agora
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