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Pedestres enfrentam buracos nas calçadas de João Pessoa

Nos últimos anos, o Centro de João Pessoa recebeu obras de grande porte, a exemplo da reforma da Lagoa. Porém, nas ruas que ficam no entorno do próprio Parque da Lagoa, por exemplo, há anos que as calçadas estão tomadas de buracos, desníveis e obstáculos irregulares, provocando frequentes acidentes com pedestres. Um problema que parece ser ignorado, mesmo com denúncias feitas pela imprensa. Na Rua Santo Elias, uma das mais movimentadas da região, é difícil encontrar um trecho com mais de 10 metros de calçada que não tenha um problema.

 

Na Miguel Couto, as rampas de acessibilidade viraram mero objeto decorativo, impossíveis de serem usadas. A comerciante Maria José Venâncio trabalha em uma das calçadas da Santo Elias. Bem ao lado do fiteiro em que ela expõe as mercadorias, existe um buraco na calçada, de onde também jorra um esgoto. “Eu fico aqui ligada no meu comércio e no buraco o tempo todo, para alertar as pessoas que estão passando, principalmente se é alguém idoso. Já vi muita gente cair aqui. A última pessoa foi uma senhora, que só não se feriu gravemente porque um rapaz conseguiu segurá-la e evitar um tombo maior”, lembrou.

 

Em outro trecho de calçada da mesma rua existe uma fileira de gelos baianos, que medem cerca de 50 centímetros cada, colocados por alguém para impedir a subida de veículo, em um espaço que não tem meiofio rebaixado.

 

“Não sei quem colocou isso aí, porque quando cheguei pra trabalhar aqui essas pedras já estavam na calçada. Só sei que os tropeços nelas acontecem direto. Embora não estejam no meio da calçada e não atingindo que caminha na calçada, afeta as pessoas que estão atravessando a rua”, disse o comerciante Mário Cardoso.

 

As calçadas da Santo Elias ainda têm desníveis, bocas de lobo abertas no meio-fio, trechos com pedras soltas e areia à mostra e piso tátil que dá de cara nos postes de iluminação. Na esquina da Avenida Miguel Couto com o Parque Solon de Lucena os buracos não são o maior problema. O que tem causado acidentes com pedestres é o desnível entre a calçada a rua. No local, o asfalto é cerca de 30 centímetros mais alto que o meio-fio, inclusive nas rampas de acessibilidade, o que torna impossível para qualquer cadeirante conseguir sair da calçada para a rua, sozinho.

 

“Nem precisa ser cadeirante pra sofrer aqui. Outro dia um senhor tropeçou nesse degrau do asfalto, caiu com o rosto no chão e sofreu um corte profundo na testa. Foi preciso chamar o Samu para socorrer”, contou o fotógrafo Daniel Ferreira.

 

 

Redação

 


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