Sucesso na internet, os jingles exóticos da campanha de 2010 não se traduziram em votos nas urnas para muitos candidatos que ficaram conhecidos através das paródias de músicas famosas.
As exceções são o candidato a deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) e o deputado estadual Lindolfo Pires (DEM-PB), que concorriam à reeleição.
Pires, que usou um jingle baseado na música "Beat It", do cantor Michael Jackson (1958-2009), foi reeleito para mais um mandato na Paraíba com 34.935 votos. Foi o nono mais votado no Estado.
Lançado em agosto, o jingle "Lindolfo Pires" acabou rendendo um processo das gravadoras Sony Music e a Warner/ Chappell Edições Musicais, que detêm os direitos das obras de Jackson. Elas pedem R$ 360 mil por danos patrimoniais.
Outro eleito, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, usou uma paródia da música "Macarena". Com o "Êêêê Vaccarezza. Rái!", ele teve 131.685 votos.
Já Claudir Maciel (PPS-SC), não foi processado por causa do jingle "Eu vou votar no Claudir", inspirado na música "I want to break free", da banda inglesa Queen, mas seus 12.742 votos foram insuficientes para uma vaga de deputado estadual.
Foi a mesma sorte do candidato Bira Barbosa (PSDB-PA). Seu jingle pegajoso foi inspirado em músicas da banda paraense Calypso, mas ele não passou de 14.867 votos para deputado estadual.
Avallone(PSDB-MT), com seu "Avavavavallone", que repetia seu nome à exaustão, terminou com apenas 15.322 votos para a Assembleia do Estado.
Já o jingle "Ey, Ey Eymael, um democrata cristão", um clássico do horário político desde 1985, garantiu até hoje para José Maria Eymael (PSDC) dois mandatos de deputado federal. Neste ano, em sua terceira tentativa de concorrer à Presidência, ficou com só 89.350 votos.
Da Folha Online