O deputado federal Romero Rodrigues (PSDB/PB) apresentou o projeto de lei de
número 1727/2011, na Câmara dos Deputados, em Brasília, declarando “O Maior
São João do Mundo”, realizado na cidade de Campina Grande, como Patrimônio
Cultural Imaterial do Brasil, de acordo com o artigo 215 e o artigo 216 da
Constituição Federal. Conforme a matéria fica assegurada ao “Maior São João
do Mundo”, para todos os efeitos legais, os direitos e as vantagens da
legislação vigente.
Em sua justificativa Romero assinala que a Constituição Federal de 1988
ampliou o conceito de cultura nacional, ao considerar patrimônio cultural
brasileiro os bens de natureza imaterial de reconhecida importância para a
sociedade brasileira. Em seu § 1º do art. 215, a Carta Magna determina que o
Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas,
afro-brasileiras e de outros grupos participantes do processo civilizatório
nacional. Nesse contexto se inclui o Maior São João do Mundo, realizado em
Campina Grande (PB), considerado o maior evento do gênero.
Recorda que antes de o evento ser criado, já se dançava forró e se
comemorava o São João em Campina Grande. As festas de São João, Santo
Antônio e São Pedro eram comemoradas com animação entre familiares e amigos
convidados para as festas particulares, em volta de grandes fogueiras. Havia
dança de forró em sítios, granjas e fazendas. Outros lugares onde se
costumava festejar esses dias eram no Aero-club de Campina Grande, no Clube
dos Caçadores e na Juventude Franciscana, que funcionava no auditório do
Convento São Francisco. Além destes, o forró pé-de-serra era dançado nos
clubes Paulistano, Ipiranga, Flamengo e Forró de Alcatrão.
Mesmo nessa época, artistas famosos vinham prestigiar a cidade com suas
apresentações: Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda, Marinês e Sua Gente,
Abdias do Fole de Oito Baixos, Conjunto Zé Lagoa, Antônio Barros e Ceceu,
Elino Julião, João Gonçalves, Zé e Manoel Calixto. Nos bairros de Campina,
havia organizações de quadrilhas em várias ruas, em participação massiva da
comunidade. Alguns patrocinadores eram o Café São Braz e o Café Aurora, que
davam as bandeirolas e o som.
Romero assevera que a grande festa junina de Campina Grande foi criada em
1986, na gestão do então prefeito Ronaldo Cunha Lima que vendo a
potencialidade das festividades juninas na cidade resolveu concentrar as
festas no centro da cidade, aumentando a participação do povo campinense.
Nasceu, assim, “O Maior São João do Mundo”, acontecendo durante 31 dias,
entre junho e julho.
Desde a sua primeira edição, o evento é realizado no Parque do Povo. Para a
construção do Parque do Povo houve duas etapas. Primeiramente, uma palhoça
com piso feito com cimento queimado foi construída. Palhas de coqueiros
foram usadas para cobrir a palhoça e ornamentação da área, que era conhecida
como Coqueiros de Zé Rodrigues. Um "Mutirão" foi organizado para fazer o São
João naquela área. Tendo a organização sido feita de última hora, os
integrantes do mutirão estavam a pregar bandeirolas e a esperar o cimento
secar poucas horas antes do início do evento.
“Depois disso, foi sucesso absoluto. Tendo o prefeito Ronaldo Cunha Lima
visto o sucesso atingido, fez toda a área do futuro Parque do Povo ser
urbanizada e a Pirâmide do Parque do Povo ser construída. Além disso, também
por conta do sucesso do evento, grandes casas de shows foram construídas em
Campina Grande. Com o tempo, todas as atrações, barracas e tudo que se
encontra no São João de Campina foram aparecendo: comidas típicas,
artesanatos, os palcos, quadrilhas, ilhas de forró, cenários, casamento
coletivo, trem do forró, etc”, acentua.
Essa iniciativa de promover o São João de Campina Grande, tomada pelo
poeta-prefeito Ronaldo Cunha Lima e sua equipe de governo, repercutiu além
da região polarizada pelo município, projetando a cidade no calendário do
turismo de eventos do País e levando a EMBRATUR a inserir e consagrar a
marca "MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO" entre os principais festejos populares
brasileiros.
No ano de 2011 no Maior São João do Mundo mais de 90 artistas terão se
apresentado no palco principal até o final do evento. No geral, são mais de
500 atrações. Um total de 160 quadrilhas juninas terá realizado 350
apresentações. Foram gerados cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos e
até o final deve ser visitado por cerca de 2 milhões de pessoas, entre
paraibanos e turistas do Brasil e de outros países.
Os 31 dias do Maior São João do Mundo somam mil horas de forró nos 10 pólos
de diversão (Parque do Povo, Arraial Hilton Mota, três ilhas de forró e a
Pirâmide-Galante, São José da Mata, Vila do Artesão, Feira da Prata e
Expresso Forroviário).
Finalizando disse que “são 160 trios de forró e um casamento coletivo com
100 noivos. No Parque do Povo, área onde acontece o evento internacional,
existe três ilhas de forró, 150 barracas, 98 quiosques, 80 camarotes, 100
banheiros químicos, três baterias de banheiros fixos, pirâmide com
capacidade 8 mil para pessoas. A decoração foi feita com 200 mil bandeirolas
e faz parte do cenário a réplica de uma igreja e uma fogueira com 18 metros
de altura. A segurança tem a participação de mil policiais, ajudados por 50
câmeras de monitoramento eletrônico do sistema de vigilância no parque. A
magnitude, as peculiaridades, a diversidade e o conteúdo cultural do evento
são riquezas únicas cultivadas há quase 02(duas) décadas pelos campinenses.
Riquezas que certamente preenchem todos os critérios definidos pela Unesco e
pela legislação brasileira para que o Maior São João do Mundo seja tombado
como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil”.
Ascom
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