Categorias: Política

Plenário do STF reconhece decisão da Segunda Turma que declarou Moro parcial ao condenar Lula

PUBLICIDADE

Por 7 votos a 4, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quarta-feira (23) o julgamento que reconheceu a competência da Segunda Turma da Corte para declarar parcial o ex-juiz Sergio Moro na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex no Guarujá.

Com o reconhecimento da competência da Segunda Turma pelo plenário, a decisão sobre a parcialidade de Moro fica mantida, e o caso do triplex precisará ser retomado da estaca zero pelos investigadores. As provas já colhidas serão anuladas e não poderão ser utilizadas em um eventual novo julgamento pela Justiça Federal do Distrito Federal, para onde o caso foi enviado.

Em março, ao decidir sobre uma ação movida pela defesa de Lula, a Segunda Turma, por 3 votos a 2, considerou Moro suspeito para julgar o caso. O ex-juiz havia condenado o ex-presidente em julho de 2017.

Em abril deste ano, o plenário já havia formado maioria para manter a decisão, mas o julgamento foi interrompido por pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) do decano (mais antigo ministro) Marco Aurélio Mello. Também apresentou seu voto nesta quarta o presidente do STF, Luiz Fux.

Marco Aurélio Mello votou contra a manutenção da decisão da Segunda Turma. “Algo que começa errado tende a complicar-se em fase seguinte. O juiz Sergio Moro surgiu como verdadeiro herói nacional. Então, do dia para a noite, ou melhor, passado algum tempo, encaminha-se como suspeito. Dizer-se que a suspeição está provada por gravações espúrias é admitir que ato ilícito produz efeito. Não se pode desarquivar o que já estava arquivado”, afirmou.

O ministro Luiz Fux, presidente do STF, também se manifestou contra manter a decisão da turma.

“A suspeição, na verdade, pelo ministro Edson Fachin, ela foi afastada. Municiou [o julgamento na Segunda Turma] uma prova absolutamente ilícita, roubada que foi depois lavada. É como lavagem de dinheiro. Não é um juízo precipitado. Essa prova foi obtida por meio ilícito. Sete anos de processo foram alijados do mundo jurídico”, disse.

Já haviam votado pela manutenção da decisão da Segunda Turma Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Foram contra Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.

G1

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Veja quais foram as cidades da PB que a justiça determinou redução de contratados

Por meio de decisão o Juízo da 2ª Vara Mista de Itaporanga determinou que os…

26 de novembro de 2024

Incêndio destrói veículo abandonado no Colinas do Sul, em João Pessoa

Um veículo foi encontrado, na madrugada de hoje (26), completamente destruído. De acordo com a…

26 de novembro de 2024

Cícero quer unidade e que maioria da base apoie a reeleição de Dinho na CMJP

Em entrevista na noite de ontem (25), ao programa 60 Minutos, do Sistema Arapuan de…

26 de novembro de 2024

Homem é preso após esfaquear outro por não aceitar xingamentos

Um homem de 51 anos foi preso, na última segunda-feira (25), suspeito de esfaquear outro…

26 de novembro de 2024

Saldo de empregos formais da Paraíba dos últimos seis anos é 17 vezes maior que no período anterior

Dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostram…

26 de novembro de 2024

MIDR reconhece situação de emergência em Campina Grande e em outras sete cidades da Paraíba por conta da estiagem

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional,…

26 de novembro de 2024