A polarização retratada na disputa presidencial nas eleições de 2022 entre o PL de Bolsonaro e o PT de Lula começa a ganhar ares de repetição para o pleito de 2024, pelo menos no que diz respeito à disputa pela prefeitura de João Pessoa, Capital da Paraíba.
Um levantamento realizado pela reportagem do PB Agora, nesta segunda-feira (19), mostra que, ‘a preço de hoje’, mais de 10 nomes estão cotados para encabeçar o pleito, sendo a maioria do PL de Bolsonaro e do PT de Lula, cada um com quatro opções no páreo.
Do lado petista, estão cotados figuras com o ex-governador Ricardo Coutinho, os deputados Luciano Cartaxo e Cida Ramos, além do vereador Marcos Henriques. Já do lado Bolsonarista estão na pista o comunicador Nilvan Ferreira, o deputado federal Cabo Gilberto, o deputado estadual Walber Virgolino, e ainda o ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga.
Correm por fora, ainda, o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos) e o pastor Sérgio Queiroz (PRTB), este último majoritário em João Pessoa na última disputa pelo Senado Federal e também apoiador de Bolsonaro.
Além desses nomes, representantes da esquerda também devem lançar nomes na disputa, a exemplo do PSOL, PCdoB, PSTU, PCO e do UP, engrossando ainda mais o leque de opções que cobiçam a caneta, hoje pertencente ao prefeito Cícero Lucena (Progressistas), que é natural candidato à reeleição, e que tem PSB, do governador João Azevêdo, como parceiro.
O excesso de candidaturas na disputa pela prefeitura da Capital não é um fato novo. Nas últimas eleições municipais 13 candidatos disputaram o primeiro turno, foram eles: Anísio Maia (PT), Camilo Duarte (PCO), Carlos Monteiro (Rede), Cícero Lucena (PP), Edilma Freire (PV), João Almeida (SD), Nilvan Ferreira (MDB), Italo Guedes (PSOL), Rafael Freire (UP), Rama Dantas (PSTU), Raoni Mendes (DEM), Ricardo Coutinho (PSB), Ruy Carneiro (PSDB) e Walber Virgolino (Patriotas).
Da oposição, apenas o comunicador Nilvan Ferreira, que na época era do MDB, conseguiu disputar o segundo turno do pleito, mas acabou perdendo por não conseguir unir, em torno de seu nome, os concorrentes derrotados na primeira etapa do pleito.
Diante do excesso de nomes com disposição para encabeçar a chapa, a expectativa é de que, mais uma vez, o excesso de egos, afogue as pretensões da oposição, já que nenhum aceita o papel de soldado.
Márcia Dias
PB Agora