O delegado da Polícia Federal Conrado de Almeida, em entrevista nesta terça-feira (27), confirmou que o governador João Azevedo não foi um dos alvos da nova etapa da Operação Calvário deflagrada hoje na Paraíba e Brasília. Diferente do noticiado por alguns veículos de comunicação, os alvos foram um operador de propina e pontos ligados ao conselheiro do TCE, Arthur Cunha Lima.
A Controladoria-Geral da União (CGU) participou, nesta terça-feira (27/10), na Paraíba, da Operação Calvário – Nona Fase. O trabalho é realizado em parceria com a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público Estadual (Gaeco/MPPB). O objetivo é investigar a atuação de organização criminosa por meio da contratação fraudulenta de Organizações Sociais (OS), para gerir os serviços essenciais da saúde e da educação no Estado durante a gestão do PSB.
Investigação
O trabalho conjunto da nona fase da Operação Calvário busca robustecer o conjunto probatório de situações detectadas nas fases anteriores, principalmente no tocante aos indícios de crime de lavagem de dinheiro, havendo a utilização de recursos em benefício de empresários e agentes públicos.
Os levantamentos apontaram que, entre 2011 e 2019, somente em favor das OS contratadas para gerir os serviços essenciais da Saúde e da Educação, que integram as investigações de todas as fases da operação Calvário, o Governo da Paraíba empenhou R$ 2,4 bilhões, tendo pago mais de R$ 2,1 bilhões, dos quais estima-se um dano ao erário de mais de R$ 134 milhões.