O presidente (governador) da região italiana de Lazio, Piero Marrazzo, demitiu-se nesta terça-feira (27) depois que foi revelado na semana passada um vídeo em que supostamente aparece em atitude carinhosa com um transexual.
Quatro policiais teriam chantageado o político por conta do vídeo, gravado em julho em um apartamento na capital italiana, Roma, que fica na região de Lazio. Os quatro estão presos.
Segundo a imprensa local, um dos transexuais envolvidos no escândalo seria brasileiro e se chamaria Brenda.
Marrazzo, de 51 anos, é casado, tem três filhas, e pertence ao Partido Democrata, que faz oposição ao governo de centro-direita do premiê Silvio Berlusconi.
Em texto divulgado na internet, Marrazzo diz que a situação tornou sua permanência no cargo insustentável.
“Minha condição pessoal de extremo sofrimento faz com que minha permanência à frente da região não seja mais útil para os cidadão de Lazio”, diz o comunicado.
Ele disse que sua renúncia era “final e irrevogável”. Ele também disse que sempre agiu “pelo bem dos cidadãos”, mesmo tendo cometido “erros pessoais” em sua vida privada.
No sábado, Marrazzo havia deixado o posto provisoriamente nas mãos do vice Esterino Montino.
O escândalo veio à tona depois da prisão dos quatro policiais militares que teriam pedido a Marrazzo 80 mil euros para não divulgar o vídeo, que ainda não veio a público.
Os policiais defenderam-se negando a chantagem e dizendo que foi o político quem lhes ofereceu dinheiro.
As autoridades estão investigando se realmente houve pagamento.
Agora, Marrazzo, que deve formalmente continuar no cargo, tem 90 dias para chamar novas eleições. A campanha eleitoral deve durar 45 dias.
G1
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