O presidente ultradireitista e ultraliberal da Argentina, Javier Milei, formalizou a retirada do país do fórum multilateral BRICS, rejeitando qualquer proximidade geopolítica com a China e a Rússia, conforme relata o Infobae. A decisão foi comunicada através de cartas oficiais enviadas aos líderes Xi Jinping, da China, e Vladimir Putin, da Rússia. O comunicado também foi compartilhado com o presidente Lula (PT), Narendra Modi, da Índia, e Ciril Ramaphosa, da África do Sul.
A inclusão da Argentina no BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ocorreu durante uma cúpula em Joanesburgo no final de agosto deste ano, onde também foram considerados para adesão importantes players do setor de petróleo e gás, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Irã.
A decisão de adesão ao BRICS foi tomada pelo ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, poucos meses antes do término de seu mandato. Essa iniciativa recebeu o apoio de Xi Jinping, refletindo o interesse estratégico da China em expandir sua influência global e contrabalançar os Estados Unidos. No entanto, Milei, alinhado aos EUA, expressou sua rejeição em estabelecer relações com “comunistas” e criticou a agenda da China.
Para formalizar a retirada da Argentina, Milei delegou à chanceler Diana Mondino a tarefa de redigir uma mensagem diplomática, clara e direta, destinada aos cinco líderes. As cartas, com a assinatura presidencial, foram enviadas nos últimos dias, notificando Brasília, Moscou, Nova Delhi, Pequim e Joanesburgo sobre a decisão argentina de se retirar do BRICS.
PB Agora