AGORA É A VEZ DO PT: correndo por fora, pré-candidatura de Cartaxo ganha destaque até na mídia nacional
A coluna do jornalista Felipe Patury no site da Revista Época (www.revistaepoca.globo.com) traz uma entrevista exclusiva com o deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura de João Pessoa pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Luciano Cartaxo.
O texto, feito a partir de entrevista ao jornalista Marcelo Osakabe, destaca, dentre outros pontos, que o parlamentar luta para unir a legenda na Paraíba, que a maioria da militância apóia a tese de candidatura própria na Capital e que, na opinião de Cartaxo, João Pessoa está perdendo o status de cidade tranquila devido ao aumento vertiginoso da violência.
LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA DO TEXTO PUBLICADO NA COLUNA DE FELIPE PATURY (http://colunas.revistaepoca.globo.com/felipepatury/2012/02/15/entrevista-com-o-candidato-luciano-cartaxo-pt/)
Em João Pessoa, o deputado estadual Luciano Cartaxo luta para unir o PT local em torno de sua própria candidatura. Parte de seus correligionários, no entanto, querem mesmo é apoiar a candidatura do PSB, do atual prefeito Luciano Agra, que desistiu de concorrer à reeleição. As pretensões de Cartaxo são apoiadas pela militância petista, que, segundo ele, cansou de ser vice. O deputado, aliás, pode falar com propriedade sobre o assunto: quando José Maranhão (PMDB) governou a Paraíba, entre 2009 e 2010, Cartaxo foi seu vice-governador. “Estamos convictos de que o militante do PT quer fazer campanha em prol do próprio partido”, disse, em entrevista ao jornalista Marcelo Osakabe.
Há uma disputa dentro do PT local sobre ter ou não candidatura própria. Como anda essa discussão? Olhe, essa decisão se dará no próximo dia 18 de março, quando a militância do PT irá decidir se quer ou não a candidatura própria. Agora, o sentimento reinante é que estamos cansados de ser vice. A desistência do prefeito deixou um vácuo muito grande. Podemos ocupá-lo com um projeto bem colocado para a cidade. Fui vereador, vice-governador e sou deputado estadual eleito praticamente com votos da capital. Vamos trabalhar para ter essa candidatura.
Caso a opção por se aliar ganhe no dia 18, o senhor aceitaria a vice? Não. A fase de vice do PT em João Pessoa está superada. Desde o ano passado temos mobilizado a base partidária e estamos convictos de que o militante do PT quer fazer campanha em prol do próprio partido.
O partido já busca alianças? Mesmo com essa decisão travada no âmbito interno, tivemos a iniciativa de montar um novo bloco partidário no estado, juntamente com o PSC e o PP. Realizamos inclusive dois seminários em João Pessoa. Apesar de cada um de nós termos as suas pré-candidaturas, a ideia é que possamos nos unir em torno de uma só.
Quais serão suas bandeiras nesta eleição? Antes de mais nada, temos que vencer a primeira etapa, ganhar a candidatura. Somente depois disso vamos construir nosso programa de governo. Entretanto, há os temas que discutimos inclusive nos seminários. Por exemplo, em mobilidade urbana, queremos trabalhar para preparar a cidade para ter um milhão de habitantes. Hoje são 730 mil. Queremos um plano que pense no transporte público, no trânsito. Discutir a questão da saúde pública, priorizar escolas em tempo integral e investir no esporte. Não apenas o de resultado, mas o que tenha finalidade social, de integração e prevenção. O turismo é outra peça fundamental aqui. Precisamos conservar o meio ambiente, profissionalizar o atendimento, garantir que o turista chegue e seja bem recebido.
A violência é um problema que cresce na cidade? Sim. João Pessoa está perdendo o status de cidade tranqüila, até porque cresce. E o governo do estado faz uma afirmação perigosa ao dizer que essa violência tem relação apenas com o tráfico, com acertos de contas. Isso é banalizar a vida. Precisamos de políticas publicas que combatam esse problema. E precisamos levar isso à periferia. Iluminar mais a cidade, colocar mais câmeras nas principais áreas, fortalecer a guarda municipal e a cooperação com os governos estadual e federal. O prefeito não pode continuar dizendo que segurança não é seu dever.
Qual a avaliação da gestão de Luciano Agra? A prefeitura foi utilizada pelo PSB como trampolim para o governo do estado. Com isso, houve pouca atenção com a administração, e surgiram problemas. Não há escolas em tempo integral em número suficiente, e em algumas falta merenda. A cidade convive com graves problemas de trânsito, incondizentes com o seu tamanho. Faltam políticas públicas em geral. O projeto do PSB acabou na cidade, tanto que o atual prefeito desistiu da reeleição.
Redação com Ascom
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