Embora as campanhas para a Presidência ainda estejam engatinhando, um festival de baixaria começa a rondar a web com ataques de hackers, blogs de guerrilha virtual, denúncias de manipulação de conteúdo e uma corrida por registros de endereços eletrônicos. Enquanto os presidenciáveis – Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) – pregam uma campanha de alto nível, petistas e tucanos trocam acusações nos bastidores.
O estrategista da campanha online da ex-ministra, Marcelo Branco, afirmou ao R7 que os tucanos estão “jogando sujo”:
– Eles estão registrando sites para nos atacar. Isso é jogo sujo.
Um desses sites é o gentequemente.org.br, que tem seu registro vinculado ao PSDB. A página é dedicada a criticar Dilma, o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O partido de Dilma pretende entrar com uma ação no Ministério Público Eleitoral por causa do site.
Outro domínio foi registrado em nome de um dos coordenadores da campanha de Serra, Eduardo Graeff. O petralhas.com.br está inativo no momento, mas petistas dizem acreditar que ele será ativado durante a campanha.
Ao R7, Graeff admitiu o registro, mas negou a intenção de promover a baixaria online:
– Como o domínio de um site inativo pode virar guerra virtual?
Sobre o gentequemente.org.br, ele disse que intenção é “desmentir boatos”, como o de que o PSDB vai acabar com programas de Lula, como o Bolsa Família.
Para tentar evitar que endereços eletrônicos com o nome da petista acabem registrados pela oposição, o PT teria garantido mais de 20 endereços que levam o nome de sua candidata, medida que o partido nega.
Mas os primeiros sinais de que as eleições deste ano devem pegar fogo na internet começou no início do mês, quando hackers invadiram duas vezes o site do PT. Na segunda vez, a foto de Serra ficou estampada ao lado do número do partido nas eleições, o 45. PMDB e o próprio PSDB foram os alvos seguintes da pirataria virtual.
Quando as invasões terminaram, outra polêmica: o PT foi acusado pela oposição de trocar a foto de sua candidata a presidente, Dilma Rousseff, pela imagem da atriz Norma Bengell para confundir o eleitor.
O troca-troca de acusações só acabou quando a campanha de Dilma fez um mea-culpa e lamentou o mal-entendido.
R7