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João Pessoa, 16 de Março de 2025

Presidente da CUT na Paraíba diz que país está sendo governado por quadrilha

A denúncia feita sobre o presidente Michel Temer não foi bem recebida pela Central Única dos Trabalhadores na Paraíba (CUT-PB), Temer, que já não tem a simpatia da entidade, teria, de acordo com a denúncia, autorizado o pagamento de propina para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.

A denúncia foi feita pelo jornal O Globo no início da noite de ontem. O presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, comentou o fato, exigiu eleições diretas e disse que, atualmente, o país vem sendo governador por uma quadrilha.

De acordo com o presidente da CUT-PB, Paulo Marcelo, afirmou que várias entidades de classe estão reunidas avaliando todas as informações relacionadas ao caso para só depois tomarem alguma atitude. Marcelo pondera que independente de posicionamento político, a justiça tem que ser feita. “Estamos nas ruas há mais de dois anos criticando este grupo, criticando a corrupção e dizendo que quem tem culpa tem que pagar, seja de qual for o partido”, argumentou.

Para o representante da CUT, é importante que se investigue a todos, porém, diante dos fatos que se apresentam no cenário político brasileiro, Marcelo acredita que “o país vem sendo governado por uma quadrilha. Quadrilha esta que em outras gravações um senador dizia que tem que parar a Lava Jato senão não vai sobrar pedra sobre pedra”, lembrou o ativista.

O presidente destacou que diante do atual momento, os sindicatos, os representantes de entidades de classe, a sociedade civil organizada, entre outros já sairão as ruas em ato pela saída do presidente Michel Temer. “Vamos fazer um ato nas ruas de João Pessoa hoje, na frente do Lyceu Paraibano e estamos chamando toda a sociedade que é pra tirar esse governo e chamar para as eleições diretas dentro do prazo legal”.

NOTA DA CUT

FORA TEMER, RETIRADA DAS REFORMAS E DIRETAS JÁ!

A Direção da CUT considera de extrema gravidade as denúncias, fartamente documentadas com provas consistentes e divulgadas ontem nos meios de comunicação envolvendo o presidente ilegítimo Michel Temer no pagamento de propina, oriundos da empresa JBS, a Eduardo Cunha com o objetivo de mantê-lo calado em relação a crimes de corrupção envolvendo o próprio Michel Temer e o núcleo do seu governo. As denúncias atingem também um dos expoentes das forças que lhe dão sustentação política e parlamentar, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, que teria recebido recursos igualmente ilícitos de Joesley Batista, dono da JBS e que chegou a dizer, ao se referir a um de seus colaboradores: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer a delação” .

Além da clara intenção de obstruir o trabalho da Justiça, os fatos tornam público, de forma irrefutável, a natureza criminosa da quadrilha que assaltou o poder ao promover o golpe contra a Presidenta Dilma. Ao mesmo tempo, os fatos tornam insustentável a continuidade do governo golpista.

Neste momento crucial de aprofundamento da crise política, a CUT soma-se ao conjunto de forças democrático-populares para exigir Fora Temer, a retirada dos projetos da reforma da previdência e da reforma trabalhista da pauta do Congresso e a convocação e eleições diretas para eleger um novo Presidente e um novo Parlamento, com atribuições de poder constituinte. Deverá ser devolvido ao povo o direito soberano de escolher seus representantes para pavimentar o caminho para as mudanças estruturais necessárias para restaurar e consolidar a Democracia e promover um novo ciclo de desenvolvimento.

A CUT e os movimentos sociais representados pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo têm tido um papel fundamental na resistência ao governo golpista e a sua agenda neoliberal e regressiva, desencadeando um processo crescente de mobilizações nas capitais e cidades do interior nos dias 8, 15 e 31 de março e que culminaram na histórica greve geral do dia 28 de abril que envolveu mais de 40 milhões de trabalhadores/as. O recado foi dado: só a luta popular será capaz de derrotar o governo golpista e ilegítimo e de impedir que sejam retirados direitos fundamentais da classe trabalhadora. Apesar de termos isolado o governo golpista, que conta com baixíssimo índice de aprovação, ele insiste em manter as reformas criminosas contra a classe trabalhadora.

Diante da gravidade do momento, a CUT orienta suas bases a permanecerem em estado permanente de mobilização, e as conclama a saírem às ruas das capitais e cidades do interior no próximo domingo, dia 21, e a ocuparem Brasília no dia 24 de março para exigir:

QUE O CONGRESSO RETIRE DA PAUTA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E A REFORMA TRABALHISTA

FORA TEMER!

DIRETAS JÁ!

Direção Executiva da CUT Nacional 

 

PB Agora

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