Quando Eduardo Campos morreu e Marina Silva tornou-se a candidata do PSB à Presidência da República, Carlos Siqueira abriu mão do posto de coordenador-geral da campanha após uma discussão com a neos-socialista.
De lá para cá, ele e Marina tiveram alguns encontros e se falaram por telefone. “Tenho respeito por Marina, mas temos o modo de ver o mundo, a vida e a política diferente. O partido dela não é o PSB”, fala.
À frente do PSB até 2017, Carlos Siqueira tem a missão de estruturar o partido de modo que ele possa estar forte o suficiente para ter um candidato à Presidência em 2018. No que depender dele, no entanto, não será Marina Silva. “Fui contrário à escolha dela porque ela não representa em nada o nosso partido. Eu me opus ao nome dela e me oponho novamente”, ressalta.
Ele defende o atual posicionamento de “independência” do PSB, que não integra o governo Dilma Rousseff (PT) e também não adere à oposição encabeçada pelo PSDB e DEM. “Reconhecemos que a nossa posição não é cômoda. Não queremos ter ligação com o governo, mas também não queremos contribuir para uma crise institucional que vai desestabilizar o governo. Não queremos ser auxiliar de outros partidos”, diz.
Para Siqueira, o PSB vai contribuir com o governo federal quando entender que a administração petista é merecedora de apoio. As críticas à gestão Dilma, no entanto, são maiores. “O País está pagando um preço altíssimo pelos erros cometidos por este governo. O Brasil atravessa um conjunto de crises que se comunicam”, finaliza.
Redação com JC