Construída no final da década passada pelo então governador José Maranhão, para resolver o problema de abastecimento de água de Campina Grande, a Barragem de Acauã, em Natuba, continua gerando polêmica entre a classe política. Quando Acauã foi construída, Campina Grande atravessava uma forte crise em decorrência da redução drástica do açude Epitácio Pessoa em Boqueirão. O açude com capacidade para acumular mais de 400 milhões de metros cúbicos de água, estava prestes a secar, e o risco de colapso no sistema de abastecimento era iminente.
Mais de 15 anos, após a sua construção, o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA), João Fernandes, e o presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, vereador Pimentel Filho (PROS), se desentenderam sobre os reais objetivos de Acauã.
Em entrevista a Rádio Caturité AM, João Fernandes disse que não era verdade que a barragem tenha sido construída para suprir as necessidades de Campina Grande. Para ele, a barragem foi construída para perenizar o Médio Paraíba, e não para socorrer a Rainha da Borborema em momento de escassez de água.
– Isso é conversa, isso é balela. A barragem de Acauã foi construída para perenizar o Médio Paraíba. Isso foi na campanha no passado começaram fazer a obra e fizeram esse discurso. O que dizia que estava fazendo a obra dizia que era para Campina Grande e outro dizia que a água era podre. Não, essa barragem não foi feita para evitar problema- concluiu.
O presidente da CMCG reagiu as declarações de João Fernandes. Em entrevista a Rádio Caturité, ele garantiu que Acauã foi feita para abastecer Campina.
– Acauã foi feita para Campina Grande. Pega todos os jornais da época, o próprio governador da época, José Maranhão, dizia isso e os vereadores foram chamados para acompanhar. Eu quero ação, eu quero que as pessoas vejam Campina Grande como uma cidade importante para a Paraíba e o Nordeste, pois é isso que ela é. Me parece que ela está sendo renegada – concluiu.
Severino Lopes
PBAgora