Apesar de ter anunciado que a notícia crime que tramita no Tribunal de Justiça da Paraíba, pela acusação de suposto abuso sexual, contra uma professora, na cidade de Esperança, havia sido arquivada, o processo que tem como alvo o deputado estadual Arnaldo Monteiro, do PSC da Paraíba, ainda consta como “ativo” na página eletrônica de tramitação processual da justiça do Estado e aguarda desfecho.
A última movimentação foi registrada no mês de maio de 2017, sendo que o processo tramita na justiça desde outubro de 2016.
Segundo o empresário Ônio Emannuel Lyra, autor da denúncia, juntamente com a namorada, a constatação comprova que o parlamentar paraibano mentiu. “Ele mentiu para a imprensa e para a Paraíba. Eis quem é o verdadeiro desqualificado moral entre nós dois”, disse, em contato com a reportagem do PB Agora.
Depois de ter confirmada a informação de que o processo continuava ativo, o empresário disse que solicitou à Assembleia Legislativa da Paraíba informações sobre a tramitação da denúncia por suposto assédio sexual protocolada na Comissão de Ética da Casa, mas foi surpreendido com a informação de que o processo “sumiu”, sem nenhuma explicação. Na Comissão da Mulher, onde a representação contra o parlamentar novamente foi protocolado, o processo também desapareceu.
O empresário então protocolou, nesta quinta-feira (22), um requerimento solicitando esclarecimento do porquê de uma denúncia, que considera grave, contra um representante da população da Paraíba, ter sido ‘abafada’ sem que nem os autores, nem a população que elegeu o político tomassem conhecimento.
O deputado Arnaldo Monteiro, do PSC, não foi encontrado para comentar o assunto. A Assembleia está de recesso parlamentar, e os números de telefones do parlamentar se encontravam fora de área ou desligado
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ENTENDA O CASO
O deputado Arnaldo Monteiro foi acusado de assédio sexual contra uma professora da rede municipal de ensino, do município de Esperança, ainda no ano passado. O caso foi parar na Polícia. O namorada da autora da denúncia protocolou várias denúncias contra o parlamentar paraibano, mas nenhuma surtiu efeito, até agora.
Segundo o relato, Arnaldo, ao saber que o empresário namorava a servidora, deu início a investidas contra a professora, passando a visitar a escola onde ela trabalhava com o pretexto de que estava vistoriando as obras no educandário. Lá, ainda segundo o empresário, além de conversar com a professora a tocando, o deputado também tentava dar beijos e agarrá-la.
O empresário também relatou que o deputado enviou mensagens privadas no bate papo do facebook da professora, que comprovariam o assédio, tanto moral quanto sexual e que imprimiu todas as conversas para provar o crime.
Para o empresário, o deputado tentou se aproveitar da fragilidade de alguém que sobrevive apenas com um salário mínimo para conseguir uma “escrava sexual”.
OUTRO LADO
Logo após a repercussão do caso, o deputado estadual Arnaldo Monteiro (PSC) deu entrada em uma ação penal de calunia, injúria, difamação contra o dono do Cartório de Registro Civil de Esperança Ônio Emmanuel Lyra.
Arnaldo Monteiro informou que Ônio Emmanuel Lyra é conhecido no município pelas confusões que ‘arranja’ e que várias pessoas possuem ações contra ele. Para se ter ideia o prefeito, procurador, chefe de gabinete e até mesmo médico e enfermeiro do Samu tem ação contra ele por calunia, injúria, difamação, desacato e ameaça.
De acordo com o deputado, o dono do cartório invadiu a prefeitura e agrediu o chefe de Gabinete do prefeito, Antônio Monteiro, que registrou ocorrência contra ele. “Toda a cidade o conhece por uma pessoa desqualificada moralmente”, disse.
O parlamentar confirmou que foi até a escola municipal para inspecionar as obras ao lado do prefeito Anderson Monteiro, mas que em momento algum teve contato com a professora apontada na denúncia como vítima de assédio. “Fui surpreendido com essa história, bem como as pessoas que trabalham na escola”, disse à época.
CONFIRA OS DOCUMENTOS
Página do processo ativo no TJPB
Requerimento solicitandos esclarecimentos à ALPB
Representação na Comissão da Mulher da ALPB (também sumiu)
RELEMBRE A DENÚNCIA
Márcia Dias
PB Agora
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