Categorias: Política

Protesto dos caminhoneiros: estimativa do Sindicapetro é de que o consumidor tenha dificuldade em abastecer seus veículos

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A BR-101, na altura da Gauchinha, em seus dois sentidos, foi fechada na tarde de ontem pelos caminhoneiros insatisfeitos com a política de reajuste dos combustíveis adotada pelo Governo Federal. Os manifestantes queimaram pneus e liberaram a rodovia apenas para carros de pequeno porte e ônibus.

 

Todos os caminhões que se aproximavam do local tiveram que parar às margens da estrada e seus motoristas convocados a aderirem ao movimento. Até o fechamento dessa matéria, o movimento ainda ocorria. “Não estamos obstruindo a passagem de ninguém, apenas os caminhoneiros estão aderindo ao movimento”, afirmou João da Paz Albuquerque, caminhoneiro alagoano, que integrava a manifestação.

 

“Estamos lutando por uma causa justa e digna. Do jeito que está não podemos aceitar”, acrescentou ele. Devido à mobilização coordenada por caminhoneiros no centro de distribuição do Porto de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa, com os protestos e paralisações que hoje chegam ao terceiro dia, o paraibano desde ontem vem encontrando dificuldade para abastecer seus veículos automotores nos postos de combustíveis espalhados pelo Estado. A estimativa de Emerson Galdino, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Petróleo (Sindicapetro), é de que até o final desta quarta-feira, o consumidor não consiga mais abastecer seus veículos, orientando a população a procurar alternativas.

 

Existe a ameaça até de que sejam suspensos os abastecimentos dos serviços essenciais, no caso de 30% dos caminhões, conforme determina a legislação da Lei de Greve. Ontem à tarde, estes serviços já foram obstruídos pelos manifestantes por entenderem que os empresários estariam boicotando acordos firmados.

 

“Estávamos liberando de forma pacífica os 30% que é destinado aos serviços essenciais, ou seja, aqueles postos de combustíveis que abastecem viaturas de polícia, ambulâncias, no entanto, as distribuidoras não estavam atendendo esses postos, priorizando os postos embandeirados. A categoria se manifestou e disse que não aceita mais isso”, afirmou Emerson Galdino.

 

No Porto de Cabedelo, mais de 100 caminhões estão enfileirados para abastecimento, mas seus motoristas impedidos de adentrarem. Apesar de ser uma paralisação pacífica, a polícia foi acionada para negociar com os manifestantes, não obtendo êxito. “Servimos de intermediador no sentido de que fosse antecipada a liberação dos 30% da distribuição de combustíveis aos serviços essenciais, mais não foi garantido”, alegou a capitã Suellen, da Polícia Militar.

Alguns piquetes com pedras e pneus chegaram a ser colocados na entrada do local onde abastecem os caminhões, sendo retirados minutos depois. “Como se trata de um movimento pacífico, não há necessidade de piquetes, a não ser um cordão de isolamento humano”, afirmou o presidente do Sindicato, Emerson Galdino.

 

Levantamento feito por Omar Hamad, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado da Paraíba (Sindipetro-PB), apontou que, até o final da manhã de ontem, em 40% dos 117 postos de combustíveis existentes em João Pessoa faltavam algum tipo de combustível.

 

Os produtos disponíveis nos postos ontem ainda eram remanescentes da distribuição feita na semana anterior, conforme afirmou Omar. “É uma greve nacional. Infelizmente não temos muito o que fazer porque até os responsáveis pela distribuição nos estados vizinhos, como por exemplo no Porto de Suape, em Pernambuco, também aderiram à paralisação”, comentou Omar Hamad.

 

Redação

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