Na última quarta-feira, o governador Ricardo Coutinho (PSB), formulou oficialmente o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Em comício realizado na casa de show Forrock, RC disse que mesmo que não tivesse ido para o segundo turno, votaria em Dilma. E contrariando a decisão da ex-candidata a presidente Marina Silva, fez duras críticas a gestão passada do PSDB. Em sua justificativa, Ricardo lembrou das ações de Dilma na Paraíba, dos programas sociais e outros investimentos que melhoraram a vida dos brasilerios e particularmente, dos paraibanos.
A decisão do socialista de apoiar Dilma Rousseff no segundo turno das eleições presidenciais, foi praticamente isolada. O governador paraibano foi um dos poucos dissidentes do partido que resolveu não seguir com os tucanos.
Esta semana a Executiva nacional do PSB que aprovou, o apoio do partido à candidatura do tucano Aécio Neves no 2.º turno da eleição presidencial. Dos 27 diretórios regionais do partido, só quatro ainda não haviam se decidido até ontem por esta opção: Acre, Amapá, Bahia e Paraíba.
Entretanto, desses quatro, é provável a mudança de posição em três deles, todos a favor da aliança com Aécio. A exceção foi a Paraíba, onde PSB, com o governador Ricardo Coutinho, e PSDB, com o senador Cássio Cunha Lima, disputam o 2.º turno da eleição para governador.
“Teremos uma posição. Não vamos ficar em cima do muro”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo o deputado Júlio Delgado, presidente do partido em Minas Gerais. Delgado acredita que a tendência é a legenda mostrar unidade de todos os diretórios regionais, ressalvando que, na Paraíba, há uma questão excepcional.
As resistências no entanto, são visíveis. Próximo a Aécio, Delgado está em contato com diretórios que ainda não se decidiram pelo apoio ao tucano. “Estou pessoalmente conversando com Davi Alcolumbre (DEM), senador eleito no Amapá. É possível que apoie a reeleição do governador Camilo Capiberibe (PSB) e, nesse caso, resolveremos logo a situação no Estado”, afirmou o deputado.
Os dirigentes do PSB também consideram vencida a resistência do presidente interino do partido, Roberto Amaral, ao apoio a Aécio Neves. A princípio, por se dizer amigo da presidente Dilma Rousseff (PT), adversária de Aécio no 2.º turno, Amaral chegou a defender a neutralidade do partido. Mas cedeu porque poderia ver aumentar as resistências à eleição dele para a presidência do PSB – o que só será decidido em reunião do diretório do partido marcada para o dia 13.
“Nós queremos manter nossa aliança partidária em torno do nosso programa de governo, que passará a ser o projeto de contribuição para o 2.º turno da eleição”, disse Amaral.
Segundo ele, a pedido da ex-ministra Marina Silva – que ficou em terceiro lugar na disputa à Presidência -, os seis partidos que fizeram parte da aliança que a apoiou no 1.º turno (PSB, PPS, PSL, PPL, PHS, PRP, além de representantes da Rede, com funcionamento ainda informal) também vão se reunir hoje para tentar chegar a uma posição comum em relação ao apoio neste 2.º turno.
A própria Marina já fez consultas aos presidentes de todos os partidos sobre o que pretendem fazer. Eles deixaram claro que preferem Aécio a Dilma na segunda rodada das eleições.
Redação
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