A cúpula do PSB deve se reunir em Brasília na próxima quarta-feira, 20, para decidir os rumos da campanha presidencial após a morte do ex-governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos. A informação foi dada pelo deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), quando chegou à casa da viúva de Campos, Renata, na manhã desta sexta-feira, 15.
Para o pessebista, a tendência é que o partido apoie o nome de Marina Silva, que ocupava a vice da chapa presidencial. "Marina foi escolhida por Eduardo para ser a vice pela confiança que Eduardo tinha nela, e nós todos temos que manter essa confiança", afirmou. Para ele, todos os socialistas apoiam o nome de Marina. "Ela tem uma história muito bonita no País que foi aceita pelo Eduardo e deve ser aceita pela gente", disse o deputado.
APOIO
Principal herdeira do espólio político de Eduardo Campos, sua mulher Renata quer, segundo amigos e aliados, ver Marina Silva representando a família na cédula eleitoral como cabeça de chapa. O único irmão de Eduardo, Antônio Campos, foi o primeiro integrante da família a se pronunciar publicamente a favor de Marina. "Tenho convicção de que essa seria a vontade de Eduardo", disse em nota divulgada nesta quinta-feira, 14, um dia após a morte do presidenciável do PSB em acidente aéreo. Uma ala da sigla, inclusive, defende que Antônio seja lançado como o novo vice.
Além da família, dirigentes de todos os outros cinco partidos da coligação comandada pelo PSB disseram defender a indicação da ex-senadora, vice na chapa de Campos após ter anunciado em outubro de 2013 a adesão ao projeto presidencial do então governador de Pernambuco.
A posição, entretanto, não é unânime, e mesmo os entusiastas admitem que ela enfrentará problemas se for mesmo a candidata. A união de Marina com o PSB foi montada sob uma divisão interna que Campos só contornou com grande esforço. A dúvida é se Marina terá disposição ou capacidade de assumir essa articulação.
A candidatura de Marina também é defendida por banqueiros e grandes investidores, que acreditam que sua presença na disputa facilitaria a existência de um segundo turno e diminuiria as chances da reeleição de Dilma Rousseff (PT).
O grupo de Marina Silva afirma que ela apresentará condições de não assumir "às escuras" a candidatura do PSB. A negociação passará pela escolha de um vice que seja leal a Eduardo Campos, tenha a confiança da ex-senadora e capacidade de unir a "ala petista" e a "ala tucana" do PSB.
Redação com Gaz.com
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