Pelos últimos acontecimentos da nossa política paraibana, percebíamos que uma voz ou outra – dentro e até mesmo fora do PT – defendia a permanência do atual vice-governador, Luciano Cartaxo, na chapa encabeçada pelo governador José Maranhão (PMDB) agora em 2010. Isso, de certa forma, deixava o governador um pouco à vontade para conversar com outros partidos com vistas à formação da chapa.
Claro que o vice dos sonhos de Maranhão é Veneziano – e ele diz isso em alto e bom som, para todo mundo ouvir. E, mesmo diante das ponderações de Veneziano, de que só decide após consulta às bases, à família e à população de Campina Grande, Maranhão não desistia. Certo ele.
Agora, um fato novo traz outros contornos ao processo de escolha do vice. A direção estadual do PT, recém-emppossada, tratou de divulgar, um dia após a posse, uma Resolução com 13 pontos, que deverão nortear as táticas políticas para as eleições de 2010. A resolução foi aprovada pela maioria absoluta dos 47 dirigentes (apenas nove diretorianos votaram contrários a resolução).
No item 12, a Resolução indica, categoricamente, o nome de Luciano Cartaxo (PT) como candidato a vice na chapa que deverá ser encabeçada pelo atual governador José Maranhão. “O Diretório Regional adota as diretrizes nacionais de programa de governo, bem como indica o nome do vice-governador Luciano Cartaxo (PT) à futura coligação para a reeleição, ao lado do nome do governador José Maranhão (PMDB)”.
No documento, o PT considera legítimo o pleito da reeleição da mesma chapa que concorreu em 2006, “tendo em vista que tivemos apenas um ano e dez meses de mandato, sendo legitimo que Maranhão/Cartaxo tenham mais quatro anos de mandato à frente do governo da Paraíba”.
Agora o PT entra, formalmente, na briga pela vice. E, como principal partido do arco de alianças de Maranhão, aparece no jogo com cacife. Diante de tal decisão, deverá caber a Maranhão manter Luciano na vice e oferecer a Campina Grande (leia-se Veneziano ou Vitalzinho) uma das vagas de Senador o que, aqui pra nós, é realmente o que os ‘Irmãos Coragem’ querem. Esperemos, então.