O Partido Verde (PV) divulgou nesta quarta-feira (6), em São Paulo, que fará uma convenção no dia 17 de outubro para deliberar sobre sua posição no segundo turno. De acordo com o coordenador da campanha de Marina, João Paulo Capobianco, a decisão ficará na mão de 90 delegados, que serão as pessoas com direito a voto na convenção.
O grupo dos delegados será formada por quinze pessoas de fora do partido (Movimento Marina Silva, intelectuais e religiosos), toda a executiva nacional (composta por cerca de 40 dirigentes), candidatos ao Senado e ao governo pelo PV, além de deputados federais eleitos. "Essa é uma conta muito difícil de fazer agora, porque alguns deputados federais, por exemplo, são da executiva nacional", disse.
Segundo ele, o nome de todos os delegados, incluindo as pessoas fora do partido só serão divulgados posteriormente. Questionado se todas as religiões teriam representantes, o presidente nacional da legenda e deputado federal eleito, Luiz Penna, afirmou: "terá evangélicos, católicos (…). Temos uma política clara contra intolerância religiosa. Temos a espiritualidade como postura", disse.
O PV participou jornalistas para definir como será definido o apoio no segundo turno. Além de Penna e Capobianco, participou também o vereador e deputado federal eleito pelo Rio, Alfredo Sirkis, que coordenou a campanha de Marina antes da oficialização da candidatura. De acordo com Sirkis, há três posições que podem ser definidas na convenção: apoio à ex-ministra Dilma, apoio ao ex-governador Serra ou a "não participação no processo eleitoral". "No primeiro turno, você vota no seu candidato do coração. No segundo turno, escolhe por exclusão. Pode haver, com razão, a decisão de não escolher nenhum dos dois", disse.
Os dirigentes, no entanto, rejeitaram a palavra neutralidade. "A participação será ativa. Apoiando programa e defendendo que ele explicitem as propostas aos 20 milhões que votaram em Marina", disse Capobianco. Questionado se a rejeição à palavra neutralidade era apenas semântica, ele completou: "será uma postura independente. Pode se elogiar um candidato pelo programa sem aderir. Apoio gera apoio formal", disse.
G1
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