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Quase 200 municípios da Paraíba não possuem aterros sanitários

Lixos urbanos põem em risco a segurança das pessoas e provocam poluição ambiental, além de atrair insetos, aves e ratos, que possibilitam o surgimento de dengue, febre amarela, disenterias, giardíase, cólera e leptospirose.

 

Com base nessas ameaças à saúde humana, 193 municípios paraibanos oferecem, atualmente, risco à saúde de suas populações, já que eles não implantaram aindaos aterros sanitários, equipamentos adequados para receber e tratar os resíduos domésticos, comerciais, da indústria de construção e, também, as imundícies retiradas dos esgotos.

 

Esses números foram repassados à imprens pela coordenadora do setor de Resíduos Sólidos da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Maria Aparecida Assis. Segundo disse ela, somente 30 municípios paraibanos destinam lixos a aterros sanitários e quatro equipamentos precisam ser regularizados perante as normas.

 

“Os municípios com aterros sanitários operando também recebem resíduos de municípios próximos que erradicaram seus lixões”, revela a funcionária da Sudema. Os municípios que dispõem de aterros sanitários, são eles: Alagoa Grande, Bonito de Santa Fé, Caaporã, Campina Grande, Carrapateira, Conceição, Itaporanga, João Pessoa, Manaíra, Piancó, São Mamede, Sousa, Taperóa e Uiraúna. Maria Assis afirma que, atualmente, consta no banco de dados da Sudema, sete municípios com aterros sanitários em fase de licença de instalação e cinco com aterros sanitários em fase de licença prévia.

 

Com relação aos lixões, a Paraíba, conforme Maria Assis, ainda tem 193 lixões em operação. Quatro prefeituras encerraram os lixões, no entanto, destinam para aterros sanitários que precisam ser regularizados.

 

Por não dispor ainda de aterros sanitários na maioria dos municípios, o quadro de política ambiental municipal se agrava ainda mais porque a Taxa de Resíduos Sólidos (Imposto municipal que integra a coleta de lixo), que é cobrado pelas prefeituras, não cobre o investimento de implantação desses tipos de equipamentos, conforme afirma o analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o engenheiro Edilton Rodrigues Nóbrega.

 

Conforme afirma Edilton Nóbrega, somente neste ano, o número de autos de infração já ultrapassa 50, aplicados pelo Ibama às prefeituras que não protegem, degradam e não recuperam o meio ambiente. Ou seja, não cuidaram, até o momento, de viabilizar a implantação de aterros sanitários em seus municípios.

 

Segundo o funcionário do Ibama, “há muito tempo os gestores municipais já deviam ter instalado os aterros sanitários em seus municípios, porém, a implantação desses equipamentos têm custos muito elevado, e mais especialmente o custo do projeto”.

 

 

Redação

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