Semana passada, em Campina Grande, o ex-governador Cássio Cunha Lima concedia entrevista a uma rádio, quando recebeu uma mensagem no celular. Continha algo como um slogan, uma frase de efeito, muito embora o autor explique que não tenha pretendido dar tal conotação ao pensamento.
“Esta será uma campanha do novo contra o de novo”, dizia o torpedo, assinado por Gustavo Ribeiro, sobrinho do presidente do PP no Estado, Enivaldo Ribeiro, logicamente fazendo referência a Ricardo Coutinho, como o novo, e José Maranhão, como o “de novo”. Cássio soltou o torpedo no ar e, embora Gustavo não o pretendesse, as palavras tomaram figura de frase de efeito, que não me surpreenderá ouvi-la na boca dos cassistas e ricardistas doravante.
Todos velhos
Na repercussão da história do “novo contra o de novo”, o deputado federal Wellington Roberto (PR) rebateu, afirmando que Ricardo Coutinho não pode posar de novo, e o também deputado Manoel Júnior (PMDB) foi além. “Quem se junta com o que já é muito velho se torna velho também”, filosofou.
Hoje pela manhã, no Jornal da Cariri, Gustavo Ribeiro replicou, defendendo sua tese: “Estamos falando no cenário estadual. Maranhão está no terceiro mandato, enquanto Ricardo Coutinho nunca foi governador. Coutinho, portanto, é o novo, contra José Maranhão, que quer ser governador de novo”.
O duro discurso de Manoel
Por falar no deputado federal Manoel Júnior, ex-socialista, eis alguém de um discurso duríssimo contra o ex-governador Cássio Cunha Lima. Na última sexta-feira, ao expor sua interpretação sobre a provável candidatura de Cássio ao Senado, Manoel afirmou: “Nós não teremos o nome do ex-governador, felizmente, na urna eletrônica, porque ele é inelegível por três anos, a partir da perda do seu mandato, em 17 de fevereiro de 2009, estando inelegível até 17 de fevereiro de 2012. Poderá, então, ser candidato a vereador, vice-prefeito ou prefeito de Campina Grande. Nem de João Pessoa pode ser, porque lá, talvez, ele pudesse ocupar uma suplência de vereador”.
Blecaute
Quase trinta municípios do Cariri e Brejo paraibano, incluindo Campina Grande, estiveram sem energia elétrica durante a tarde e noite do domingo. A Energiza teria informado que o apagão durou cerca de uma hora e quinze minutos. Foi muito mais. Só na parte da tarde, a falta de energia, em algumas áreas de Campina Grande, se manteve por mais de três horas. No início da madrugada, nova queda, de cerca de uma hora. Em outras áreas, chegou a ser pior. Tomara que o incidente não vire rotina.
Tiroteio no shopping
Outro assunto de destaque por aqui no fim de semana foi o assalto a um carro forte no Shopping Boulevard, com direito a tiroteio. O caso chama a atenção para um risco enorme, verdadeira bomba prestes a explodir. É o que são esses carros fortes carregando e descarregando malotes a qualquer hora do dia, no meio da multidão. Se uma ação de bandidos como a que aconteceu no estacionamento do shopping ocorrer no centro da Cidade, muita gente inocente pode se ferir, e mesmo perder a vida. É um risco inaceitável, devendo haver uma regulamentação mais restritiva para esse tipo de operação.
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