A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou audiência pública, nesta quarta-feira (12), para debater a situação do parque Lauro Pires Xavier, no bairro de Tambiá, em João Pessoa. O encontro foi realizado através de requerimento de autoria do vereador Raoni Mendes (PDT). O parque comemora 110 anos de existência este ano, mas se encontra em situação de abandono.
De acordo com o parlamentar, a discussão aconteceu com o objetivo de buscar soluções para garantir a preservação e conservação do parque Lauro Pires Xavier, pois é patrimônio natural da capital e infelizmente tem sido maltratado há anos pelo poder público.
O vereador Raoni destacou que a audiência também visou chamar a atenção do Ministério Público Estadual e Federal, para que possam intervir com a finalidade de solucionar o problema do abandono do parque. "Sugiro que possamos procurar o MP para expor as razões e os motivos desta audiência, e desta forma, provocarmos possibilidades para acabar com a problemática existente há anos. Esperamos que a gestão municipal busque recursos para melhorar a situação e por fim a degradação o mais rápido possível", sugeriu.
A audiência reuniu representantes da sociedade em geral preocupados com o meio ambiente e com a necessidade de preservar a reserva de mata atlântica localizada na capital. O professor Lauro Xavier Neto cobrou a colaboração da Prefeitura Municipal para recuperar o lugar.
"Tenho visitado o parque e o sentimento que tenho é de indignação e desprezo, pois não existe nenhum projeto específico para o local. Temos encontrado muita sujeira, detritos, entre outros. Temos que trabalhar também para que a população tenha consciência ecológica, além do que acredito que a prefeitura pode colaborar", disse Lauro Xavier Neto.
O Parque ocupa a área do riacho da Bomba, na divisa dos bairros de Tambiá, Jardim Treze de Maio e Róger e ainda integra o Parque Zoobotânico Arruda Câmara. A área do Parque Lauro Pires Xavier corresponde atualmente a 18 hectares de Mata Atlântica, caracterizada pela formação secundária de florestas na zona urbana.
Ascom