“Temos que reduzir a máquina mais do que já reduzimos para manter os serviços essenciais funcionando”. A declaração é do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, do PSB. Ele fez o anúncio, na manhã desta terça-feira (20), durante entrevista coletiva na grana Santana. Conforme o governador, isso será necessário para que haja mais investimentos na saúde, segurança e educação.
O governador lembrou que, como chefe do executivo, não pode administrar pensando apenas no pagamento da folha de pessoal, que representa metade da receita do Estado,mas sobretudo pensar e olhar para os 100% da população, que necessita de políticas públicas para manter a dignidade.
“Vamos continuar cortando, são coisas que vamos ter que fazer pra manter os serviços essências funcionando, sobretudo a saúde, e faço isso desde o início quando assumi, mas vamos continuar a fazer, pois, por exemplo, de 2011 pra cá cortamos 20% dos cargos comissionados e isso é ainda maior porque nunca preenchemos todos e olhe que considero essencial esses cargos comissionados, porque no pega para capá é com quem a gente conta na madrugada”, ressaltou.
Mesmo com os cortes, a folha do Estado diminuiu nominalmente só que aumentou percentualmente devido a queda no repasse do fundo de participação nos Estados.
“A nossa folha diminuiu nominalmente, mas aumentou percentualmente, e mesmo assim reduziram a nota da PB de forma injusta, porque a receita caiu, e quem caiu foi o FPE e nós pagamos caro por conta disso. Não era justo com a Paraíba, e eles sabem disso”, elencou.
Ricardo ainda garantiu que a partir de janeiro a Paraíba terá novamente a nota aumentada e voltará a estar apta a contrair empréstimos.
“Voltaremos a ter a capacidade de contrair empréstimo em janeiro, a nota será retificada, mas é bom que se diga que não me conformei, e falei isso inclusive para o presidente, que não era justo com a Paraíba. Mas é bom ratificar que temos que reduzir a máquina mais do que nos já reduzimos, para poder manter os serviços essenciais funcionando, para manter a segurança com investimentos maiores, na educação também e eu vou ter que aumentar investimento em saúde”, disse.
Na coletiva Coutinho também falou sobre previdência, recursos hídricos e outros setores que influenciam na economia do Estado.
Mais cedo o secretário de Planejamento Waldson Sousa adiantou que não haveria reajuste salarial em 2017, tampouco a realização de concurso público.
Entenda
O aumento nas despesas com funcionários foi uma das razões apontadas pelo Tesouro para o fato de que, das 27 unidades da federação, somente 14 ganharam nota A ou B quando o assunto é capacidade de pagamento.
De acordo com a reportagem da Folha, a avaliação, ou “rating”, é feita pelo órgão e serve de base para o Tesouro aprovar a tomada de empréstimos com juros mais baixos por esses Estados. O Tesouro não autoriza operações para governos com nota de C para baixo. Um deles foi a Paraíba.
PB Agora