A Paraíba, conforme o governador, atualmente, conta com 117 municípios que sofrem com a seca. Desses, 34 estão em colapso total, já que não existe água e também não há como a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba abastecer.
“O Estado vivencia sua pior seca dos últimos 100 anos. É algo que se reflete no abastecimento dos municípios. Talvez pouca gente saiba, mas a Paraíba tem 34 cidades em que o abastecimento entrou em colapso, não tem agua, não tem como a Cagepa abastecer. Em racionamento são 83, daí são 117 cidades que estão nessa situação. Apenas 80 municípios da Paraíba estão em abastecimento normal e um está em alerta. Isso significa dizer que a Cagepa, se não for bem gerida, se não tiver a condição de cobrar aquilo que lhe é devido, de fazer o correto planejamento das águas, de tratar bem as aguas que existem, a gente já teria tido problemas gravíssimos que inviabilizariam a empresa”, disse.
Coutinho lembrou que quando 34 cidades estão sem água, significa também dizer que não está sendo cobrada tarifa a população, todavia os custos com pessoal e manutenção de equipamento continuam.
“O gasto permanece, mas a arrecadação vai a zero. É um problema grave mas tenho confiança na nossa gestão, na condução da Cagepa enquanto empresa pública, sou contra essa história de municipalização, já era contra quando fui prefeito, porque é só olhar para o próprio umbigo. Um político que vem com uma conversa dessa, na verdade o que ele está dizendo é que pouco se importa com o resto da Paraíba, porque 95% dos municípios abastecidos pela Cagepa necessita do superávit que essas duas cidades, João Pessoa e Campina Grande dão para poder fazer o subsídio cruzado e tratar o abastecimento como sistema único de disposição de água, não como algo isoladamente”, explicou.
Para o governador, nem se quisessem, João Pessoa e Campina Grande poderiam dizer que a água que abastece as duas cidades lhes pertence, já que, por exemplo, a abastecimento do Compartimento da Borborema vem do açude Boqueirão e todo o investimento que foi realizado pertence ao Estado e não ao município.
“Nada pertence ao município, e João Pessoa incorre no mesmo caso. É por isso que defendo tanto a Cagepa, defendo tanto que a Cagepa passe por um processo de diminuição de custos em função da crise, mas também em função de que nós possamos ter uma empresa permanentemente com superávit, e isso é possível e é necessário para que a empresa continue a existir”, arrematou.
PB Agora
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