Os deputados filiados ao PSB que votaram favoráveis à Reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), e que foi aprovada na semana passada por 379 votos, agora terão que arcar com as consequências. Em reunião nesta segunda-feira (15), o Conselho de Ética da sigla acatou representação dos seis segmentos sociais organizados do partido e vai acionar os 11 parlamentares socialista que foram de encontro à orientação da legenda.
Por decisão do Diretório Nacional, o PSB fechou questão contra a reforma e já havia antecipado que as insubordinações teriam consequências.
Os deputados agora serão notificados e terão um prazo de 10 dias para apresentarem suas defesas. Concluídos os processos, o Diretório Nacional será convocado para deliberar sobre a recomendação feita pelo Conselho, com base no Código de Ética do partido. As punições vão desde advertência até expulsão.
“Fizemos uma reunião para avaliar a pertinência da representação. A votação divergente da orientação do partido dá fundamento para recebê-la, instruir o processo e depois repassa-lo ao Diretório Nacional para a decisão final”, afirmou o presidente do Conselho de Ética do PSB, Alexandre Navarro.
Na representação, os segmentos do PSB solicitam “a censura pública, o cancelamento de filiação, a expulsão e o ressarcimento” do investimento feito pelo partido nas campanhas dos deputados em 2018.
O documento foi entregue pelos secretários nacionais de Mulheres, Dora Pires, e de Sindicalismo, Joilson Cardoso, e por Israel Rocha, vice-presidente de Relações Internacionais da Juventude Socialista.