O texto ainda não foi colocado à votação, mas já causa polêmica e divide opiniões. Em meio à crise, o Congresso Nacional deve votar pontos da reforma política, entre eles o que pretende barrar a proliferação de partidos. Para especialistas e políticos paraibanos o tema divide opiniões e deve ser um dos principais temas de debate no parlamento no primeiro semestre de 2017.
Como todos sabem o Senado já aprovou em primeiro turno uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê mudanças como a criação de cláusulas de desempenho eleitoral para que os partidos políticos tenham acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de televisão, além do fim das coligações para eleições proporcionais (deputados e vereadores). Por se tratar de uma emenda à Constituição, a PEC ainda precisa ser analisada em segundo turno pelo Senado.
Para os cientistas políticos Fábio Machado e Ítalo Fittipaldi há divergências de opiniões sobre o tema. Para Fábio as mudanças são progressistas, pois são adequadas para a ‘saúde’ do sistema eleitoral. Ele considerou que itens como o fim das coligações e a cláusula de barreira são positivos, mas alegou que ao invés de acabar com a reeleição no Poder Executivo, a proposta deveria aumentar o período do mandato.
Apesar de enxergar como um avanço, o especialista teme que a aprovação cause o desaparecimento de partidos ideológicos. “Mudanças como o fi m das coligações são necessárias, pois impedem que tenhamos resultados onde candidatos com votos inexpressivos sejam eleitos. Além do mais, evitará distorções ao final do processo. Também sou favorável a cláusula de barreira, pois não podemos admitir a criação de todo tipo de agremiação. Mas, penso que quem deve definir é a sociedade. As legendas não podem ser criadas apenas por interesse especifico como negociação de cargos e secretarias, que é o que acontece atualmente”, disse.
Já o cientista político Ítalo Fittipaldi acredita que as mudanças elaboradas têm um caráter conservador. Ele teme que as decisões não modifiquem positivamente o sistema político atual. “Considero que são medidas conservadoras porque não têm grandes transformações. Os fatos não podem ser tratados juntos”, disse. Ele acrescentou que um dos graves erros é o fim da reeleição. “Extinguir o processo não premia o bom gestor. Se reeleger é bom inclusive para manter o controle dos gastos públicos”.
Políticos – O senador José Maranhão (PMDB), que é o mais velho na Casa, está receoso e com medo de que a definições sejam aprovadas como estão sendo apresentadas e que, desta forma, não modifique de forma positiva a legislação. Ele destacou que está examinando o projeto, pois a bancada pretende encontrar um meio para que não ocorram prejuízos, já que as opiniões estão divididas. Maranhão alegou que o fim das coligações e o fim da reeleição no Executivo vão tornar o processo antidemocrático.
O também senador Raimundo Lira garantiu que a transformação é necessária para corrigir os erros que existem atualmente. O parlamentar acrescentou a necessidade de mudar para modernizar a política brasileira. Lira adiantou que a proposta para o fim da reeleição deve ser colocada em pauta no plenário ainda este mês. “Acho que deve haver uma discussão maior em torno das mudanças na Câmara Federal também. Mas, o diálogo resolve para votar o consensual”.
Redação
Um homem foi resgatado desacordado após se afogar na tarde deste domingo (17) na praia…
Duas pessoas ficaram feridas na tarde deste domingo (17), após um carro capotar na BR-230,…
Na noite deste sábado (16), o bairro de Gramame, na região do Colinas do Sul,…
Na manhã desta segunda-feira (18), o governador em exercício da Paraíba, Adriano Galdino, realizará uma…
A casa onde morava Francisco Wanderley Luiz, conhecido como "Tiu França", foi parcialmente destruída por…
A Paraíba subiu ao pódio, neste sábado (16) e agora totaliza três medalhas nos Jogos…