A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro chega ao fim nesta semana. Nesta terça-feira (17), a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), vai apresentar o relatório com a conclusão dos trabalhos realizados pelo colegiado ao longo dos últimos quatro meses e meio, com votação do texto prevista para quarta-feira. As expectativas de um desfecho conclusivo são poucas, devido a muito bate-boca e poucos avanços durante o processo.
Nos mais de 120 dias desde a instalação da comissão, em 23 de maio, o grupo ouviu 21 depoentes e recebeu mais de 660 documentos sigilosos e ostensivos, mas o volume de informações não foi suficiente para os parlamentares chegarem, de forma concreta, ao objetivo proposto: encontrar os responsáveis por ações e omissões que levaram aos atos de vandalismo nos prédios dos Três Poderes.
Os planos da relatora, no início da comissão, eram investigar, principalmente, a atuação do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres; dos órgãos de segurança pública da União e do Distrito Federal; do tenente-coronel Mauro Cid; e das Forças Armadas. De acordo com Eliziane, à época, a intenção era que o primeiro depoimento fosse de Torres, mas, em 20 de junho, os parlamentares ouviram o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, acusado de ordenar blitzes no Nordeste, no segundo turno das eleições de 2022, com o objetivo de impedir eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de chegarem aos locais de votação.
Redação com Agência Senado