Mesmo com a campanha a favor da Lei da Ficha Limpa nas ruas, muitos políticos ainda estão tentando aliciar eleitores e comprar votos. Relatório da Polícia Federal, divulgado nesta quarta-feira, informa que, do início da campanha eleitoral em julho até o momento, já foram abertos 661 inquéritos para apurar crimes eleitorais.
Desse total, 153 inquéritos foram instaurados para investigar especialmente denúncias de compra de votos – uma indicação de que a feira livre de eleitores ainda é uma prática frequente no processo eleitoral, principalmente nas eleições regionais.
O Rio de Janeiro é o estado com o maior número de inquéritos. Até o momento, já foram abertas 73 investigações para apurar práticas abusivas e crimes cometidos por políticos locais em busca de votos. Em segundo lugar nesta lista está o Pará, com 64 inquéritos. A incidência de desvios é considerada alta também na Paraíba. O estado está em terceiro, com 40 inquéritos embora seja um dos menores colégios eleitorais do país. São Paulo e Bahia estão empatados na quarta posição, com 33 investigações cada.
O relatório indica ainda que a feira de votos é intensa também em Roraima. O estado aparece em primeiro lugar na lista das unidades da federação com o maior número de inquéritos sobre esse delito. São 15 investigações sobre compra de votos. No início do mês, a Polícia Federal prendeu o governador Pedro Paulo Dias (PP) e o ex-governador (PDT) Waldez Góes e mais 16 pessoas acusadas de corrupção, entre outros crimes relacionados a desvios de verbas públicas. Em segundo lugar na lista aparece o Rio de Janeiro, com 11 investigações sobre compra de votos.
Vinte e seis pessoas já foram presas pela PF
Boa parte das investigações tem atingido políticos e cabos eleitorais. Mas a Polícia Federal informa que vender votos também é crime e os eleitores que aceitarem vantagens pessoais em troca de apoio político podem ser punidos. No início da campanha, a Polícia Federal anunciou uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reforçar as medidas preventivas contra os crimes eleitorais. O plano prevê que 60% dos 13 mil policiais estarão mobilizados para garantir a segurança e coibir irregularidades. A PF decidiu ainda aumentar o número de policiais no Amazonas, Pará, Alagoas, Rio Grande Norte e no Distrito Federal. São áreas consideradas de maior risco de problemas, conforme o histórico das últimas eleições.
Durante as ações de combate aos crimes eleitorais, a polícia prendeu 26 pessoas suspeitas de envolvimento com as irregularidades. Também 33 pessoas foram conduzidas à força para prestar esclarecimentos sobre práticas abusivas. Nestas eleições, a PF decidiu mudar a estratégia de atuação. Antes, a polícia só saia a campo depois de receber denúncias. Agora, os policiais estão sendo orientados a atuar de forma preventiva. Com base no histórico dos crimes registrados nas últimas eleições, a PF tenta se antecipar e coibir compra de votos e caixa dois, entre outras irregularidades.
O Globo
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