O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) criticou, em pronunciamento feito no plenário do Senado Federal, governo e sistema bancário nos elevados juros cobrados aos consumidores. Ele cobrou dos candidatos à Presidência posicionamento a respeito das taxas cobradas no País.
“Segundo os economistas, 80% das variáveis que compõem a taxa de juros dos bancos ‘dependem única e exclusivamente do governo’, que tem poder para reduzir impostos, taxas de depósitos compulsórios”, apontou Roberto Cavalcanti.
Os bancos que operam no Brasil, por sua vez, conforme o senador, não conseguem explicar porque eles estão no 127º lugar do spread mais alto do mundo – spread é a diferença entre o custo de captação do dinheiro e a taxa do seu empréstimo aos consumidores.
“Só o Zimbábue pratica taxas mais elevadas que o Brasil”, lamentou. Cavalcanti diz que não se justifica a argumentação dos bancos de que o alto juro se deve à elevada inadimplência dos tomadores, pois o índice brasileiro está no 16º lugar no mundo.
Para ele, “não adianta ficar fazendo o jogo do empurra-empurra”, transferindo responsabilidades de parte a parte a mantendo o problema sem solução.
O senador opinou que os candidatos à Presidência da República deveriam colocar o assunto nas suas pautas e informar aos eleitores o que pretendem fazer para reduzir os juros cobrados dos consumidores.
“Infelizmente, na discussão sobre quem é o vilão do juro alto, sobra mesmo é para as pessoas e empresas que são obrigadas a buscar financiamento para suas compras ou suas atividades – lamentou Roberto Cavalcanti”.
Assessoria