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Roberto pede plano nacional para reduzir concentração

Exibindo dados do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam concentração de riqueza em apenas 5% das cidades brasileiras (nenhuma delas no Norte ou Nordeste), o senador Roberto Cavalcanti (PRB) pediu hoje na tribuna do Senado Federal um plano nacional para pulverizar a aplicação de investimentos.

“Apenas 297 cidades brasileiras produziram três quartos da renda nacional, enquanto os outros 5.267 municípios ficaram com o quarto restante”, criticou Cavalcanti.

O parlamentar ilustrou a concentração traçando comparativos: “Na lista dos 10 maiores PIBs municipais, não há nenhuma cidade das Regiões Norte ou Nordeste, embora tenhamos metrópoles entre as mais populosas. Já entre os 1.342 municípios mais pobres do País, que respondem por apenas 1% do PIB nacional, temos representação maciça e esmagadora daquelas Regiões”.

Para o senador, os dados coletados e formatados pelo IBGE “mostram o monstruoso quadro de concentração regional existente em nosso País”.

O parlamentar observou que os números do IBGE – relativos a 2007 – mostram a escalada da concentração. “O mecanismo de aglutinação encontra-se em rota de crescimento”, disse o parlamentar, que confirmou o crescimento dos dados em relação a 2006.

Ele observou ainda que a performance dos mais pobres está diretamente relacionada ao seu atrelamento com o poder público. De acordo com o IBGE, em algumas cidades a dependência dos recursos públicos chega a 100%.

Ele ainda citou o caso da Paraíba, que figura no ranking do IBGE com 61,43% de seus municípios entre os mais pobres da federação e com forte dependência do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Só perde para o Piauí, que possui 76,68% de seus municípios na lista divulgada pelo órgão de pesquisa e estatística”, comparou.

Ações de longo prazo

Para o senador paraibano, o país precisa dar autonomia política e financeira às superintendências de desenvolvimento, desatrelando os órgãos “dos interesses políticos do governante de ocasião”.

Roberto Cavalcanti defendeu que as superintendências, a exemplo da Sudene no Nordeste, devem operam com planejamento econômico de longo prazo e atração de investimentos e recursos produtivos.

“Exigimos um grande e efetivo plano nacional de pulverização e distribuição regional de recursos e investimentos produtivos, algo que seja entronizado como política de Estado permanente, e não vinculado a partidos ou governos”, finalizou Cavalcanti.

Assessoria

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