O deputado federal Romero Rodrigues manifestou a sua solidariedade aos
funcionários da STTP (Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos)
de Campina Grande por não haverem recebido até esta data, 7 de janeiro, os
seus vencimentos no referido órgão pertencente à estrutura da Prefeitura
Municipal campinense.
– Mais uma vez cai a máscara do prefeito Veneziano Vital do Rego, que
apesar de prometer na publicidade oficial e em entrevistas de que paga no
mês trabalhado, os servidores da STTP ainda não receberam o pagamento de
dezembro. Estamos no dia 7 e até hoje isso não foi feito.
Disse Romero, inclusive, que os servidores desse órgão estão ameaçando
entrar em greve na segunda-feira, em protesto pelo recebimento do pagamento
devido.
Por outro lado, o deputado federal Romero Rodrigues ingressará na próxima
segunda-feira, à tarde, no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba com ação
solicitando a apuração desse convênio da Prefeitura Municipal de Campina
Grande para a construção de um aterro sanitário que ele considera cheio de
irregularidades.
Na terça-feira, às 10 horas, Romero ingressa com outra ação dessa feita no
Ministério Público Estadual, visando a participação do MP na apuração das
inúmeras denúncias e possíveis irregularidades no convênio firmado pelo
prefeito Veneziano Vital do Rego para a construção desse aterro.
Aponta a não existência de licitação, falta de transparência, economicidade
e provável prejuízo imensurável aos cofres da Administração campinense,
além de ausência de boa administração pública na preservação dos recursos
financeiros do povo campinense, além de ameaçar a vida da população que se
abastece do Açude Milhã localizado na área onde está o citado aterro.
Romero afirma que o seu objetivo é que tudo seja apurado, já que “a
Prefeitura de Campina Grande de surpresa apareceu com esse convênio, sem
qualquer transparência na administração dos recursos públicos, lesando os
cofres da Prefeitura, numa atitude que considera irresponsável”.
Anunciou que vai à Justiça e ao Ministério Público para averiguar o
contrato da Prefeitura Municipal de Campina Grande para a construção do
aterro sanitário no Município de Puxinanã. “Não entendemos porque esse
contrato não foi publicado e na calada da noite, após ações do Ministério
Público de uma hora para outra é anunciada a transferência do local para a
colocação do lixo, sem que a sociedade pudesse sequer discutir a questão”,
salientou.
Salientou que, “se fosse uma coisa séria em primeiro lugar o processo seria
transparente e dado conhecimento à população de Campina Grande e de
Puxinanã, e tudo é mesmo estranho que, antes tendo tido uma decisão
contrária embargando o espaço pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente no
dia 18 de outubro de 2011, decide a Prefeitura campinense firmar um
convênio para transportar o lixo para essa localidade”.
Ele manifestou a sua preocupação com os altos custos da operação que
considera um absurdo. “Quando for contabilizado o que vai ser gasto será
enorme o prejuízo aos cofres públicos de Campina Grande. Quando Cássio
Cunha Lima foi prefeito se gastava com coleta domiciliar, além de limpeza
dos terrenos em torno de 200 mil reais por mês, e hoje o valor é três,
quatro vezes mais, mesmo assim a limpeza pública deixou de ser o cartão
postal da cidade, hoje se vê uma cidade suja, com aparência de abandono não
apenas na parte central, mas principalmente na parte periférica”.
Protestou que, “o contrato firmado foi de 39 milhões de reais por trinta
meses, inclusive ultrapassando dois anos da gestão de Veneziano Vital do
Rego. Ele nem sequer teve a ética e o respeito de entender que vai ter uma
Administração posterior. Ou seja, quer continuar administrando mesmo após o
término do seu Governo”.
Ascom