O juiz Sérgio Moro criticou a série O mecanismo, da Netflix, para o repórter Pedro Venceslau, do jornal O Estado de São Paulo. Os dois estavam no voo 4156 da Azul, de Porto Alegre para Curitiba, quando conversaram.
“Abusaram da liberdade criativa na série, mas eu de fato ia de bicicleta de vez em quando”, disse o juiz. A série é inspirada na Operação Lava-Jato, considerada a maior ação de combate à corrupção no Brasil, e foi criada pelo cineasta José Padilha (Tropa de elite).
O mecanismo se baseia em fatos reais, apesar de os produtores fazerem questão de frisar que se trata de uma ficção. Ao ser questionado se achava o ator que o interpreta na série parecido com ele, Moro apenas sorriu e balançou a cabeça negativamente, segundo o repórter. Otto Jr. é quem vive o personagem da trama inspirado no juiz.
Saiba mais sobre a série:
“Uma obra de ficção inspirada livremente em eventos reais. Personagens, situações e outros elementos foram adaptados para efeito dramático", dessa forma começa a série “O Mecanismo”.
A produção da Netflix é baseada no caso “Operação Lava Jato”, nome dado à investigação do esquema de corrupção, lavagem e desvio de dinheiro mais comentada dos últimos tempos.
Os personagens representam pessoas reais, com nomes diferentes. A ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, foi batizada de "Janete Ruscov", Michel Temer é "Samuel Thames" e a delegada Erika Marena é representada por "Verena Cardoni".
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou o nome de “João Higino” na ficção. Enquanto Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, entrou como "Mário Garcez Brito, o Mago" e o Japonês da Federal, como “China”.
Os doleiros Alberto Youssef são nomeados como "Roberto Ibrahim", Carlos Habib Chater "Chebab", e Nelma Kodama de "Wilma Kitano". Até a Polícia Federal se transformou em “Polícia Federativa”.
O Partido dos Trabalhadores (PT) é retratado como "PO", o Partido Operário. A Petrobras, virou "Petrobrasil", e a empreiteira Galvão Engenharia mudou para "Bueno Engenharia".
O policial Marco Rufo interpretado por Selton Mello é baseado em um delegado aposentado da Polícia Federal, chamado Gerson Machado.
Segundo a BBC, os investigadores da Lava Jato usam uma série de softwares de análise de dados para obter as informações do caso. Portanto, se você ver algum dos investigadores vasculhando lixos atrás de provas, é provável que seja só ficção mesmo.
Assim como Rufo investiga Roberto Ibrahim (Youssef) na ficção, um inquérito foi aberto em 2008 sobre o caso, mas a operação Lava Jato que conhecemos começou anos depois.
Uma informação importante: a série não menciona o fato de o esquema ter começado em 1996, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
Você deve ter ouvido falar que o personagem João Higino (inspirado no ex-presidente Lula) se referiu aos esforços para deter os trabalhos da Operação Lava Jato com a frase "estancar a sangria". Na vida real, o áudio divulgado era de Romero Jucá, uma mensagem que se tornou pública em 2016.
Essa fala irritou bastante as pessoas reais envolvidas (ou não ) no caso. O ator José de Abreu, por exemplo, cancelou sua conta da Netflix.
Podemos então assumir que se trata de uma obra caluniosa? Calma!
É importante não misturar vida real e ficção. A produção apresenta seu conteúdo como ficcional e não documental. Portanto, o programa é voltado para o entretenimento e não deve ser utilizado como material de pesquisa sobre o caso.
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