O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, elevou novamente o tom contra o adversário do PT, Fernando Haddad, acusando o rival de levar o discurso religioso ao centro da campanha para desviar o foco do kit anti-homofobia – chamado de "kit-gay" -, criado em sua gestão no Ministério da Educação. O tucano também voltou a associar, dessa vez de forma mais incisiva, o adversário ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo esquema do mensalão, evidenciando como deve ser o tom da campanha neste segundo turno.
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Em campanha nesta sexta-feira, ao ser questionado sobre a declaração de Haddad, que ontem afirmou que o tucano trouxe do Rio de Janeiro a São Paulo o pastor Silas Malafaia, da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, para ofendê-lo, o tucano ironizou o adversário. Na última semana, Malafaia afirmou que iria "arrebentar" com Haddad durante a campanha, segundo o jornal Folha de S.Paulo, e divulgou um vídeo na internet em que critica o petista.
"O Silas Malafaia apoia o PT no Rio. Vocês já viram eles reclamarem disso? O Silas Malafaia tem pensamento próprio. Se ele me apoia, muito bem, me apoia. Eles estão inventando isso porque o Fernando Haddad não sabe explicar aquele chamado kit-gay, que ele gastou R$ 800 mil para nada. Era um esquema tão mal feito que a Dilma (Rousseff – presidente da República) revogou. E, para fugir dessa discussão, ele leva para essa discussão religiosa, isso e aquilo", afirmou.
Segundo Serra, o discurso de Haddad é uma estratégia moldada pelo José Dirceu, este mencionado pelo tucano em diversos momentos da entrevista.
"É o padrão Zé Dirceu. O Zé Dirceu é o guru intelectual da campanha. (…) O Haddad está cada dia mais parecido com o Zé Dirceu, ele não era, mas está cada dia mais parecido com o Zé Dirceu e com toda aquela patota do PT condenada pelo Supremo", atacou.
As críticas não paparam por aí. Pouco antes, ao ser questionado sobre a investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito de supostas irregularidades envolvendo empresas contratadas pelo ministério da Educação (MEC) para evitar problemas com a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), segundo reportagem de hoje da Folha, o ex-governador chamou de "calamitosa" a gestão do rival no ministério.
Campanha e "pauta petista"
À tarde, Serra visitou o Museu do Catavento, na região central da capital paulista, iniciado em sua gestão na prefeitura, acompanhado dos dois netos, Gabriela, 5 anos, e Antonio, 9 anos, além do candidato a vice, Alexandre Schneider, ex-secretário de Educação da capital paulista. Aproveitando o tema do Dia das Crianças, ele afirmou que, se eleito, criará 3 novos museus na cidade e criará "50 novos parques para as crianças" no município.
Pouco antes da visita, em entrevista, Serra negou ter planos de extinguir a taxa da inspeção veicular, que segundo ele oneraria o contribuinte que não tem carro, que seria obrigado a pagar por um serviço que beneficia apenas os proprietários de veículo. Ele demonstrou irritação diante da insistência dos jornalistas sobre o tema, já que o rival do PT prometeu acabar com a taxa, chamando o tema "pauta petista".
O candidato também se recusou a responder a uma pergunta de um repórter da TVT, ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o que gerou um tumulto entre o jornalista e a equipe de segurança de Serra, que o acusou de empurrar um membro da equipe. Questionado depois, o tucano negou irritação. "Eu só não dou entrevista para televisão do PT. Eu posso até dar, se for combinado, mas a televisão do PT vai falar com os petistas, não comigo", disse.
Terra
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