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Sim, mas no meio do caminho do PSB pode ter mais que uma pedra: uma enorme montanha…

Apenas para contextualizar: na última coluna, comentamos as ambiciosas pretensões do PSB da Paraíba e o devastador poder de fogo do ex-governador Ricardo Coutinho de tratorar os adversários nas urnas. Foram conjecturas, mas com base em fatos históricos. Alguns, muito recentes, por sinal

Uma enorme pedra, quem sabe uma montanha, porém, pode estar entre o PSB (leia-se Ricardo Coutinho) e as suas pretensões políticas: a rumorosa e temível Operação Calvário. Esta tal operação foi desencadeada em 2018 para desarticular uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira, cujos contratos com o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa estão sob a lupa e as suspeitas das autoridades por suposto mau uso de milhões de reais do erário. A essa altura dos fatos, se existe um inimigo capaz de fazer tremer nas bases Ricardo Coutinho, João Azevedo, secretários de Estado e até puxa-sacos: é tal operação.

O reino do poder começou a balançar com mais intensidade a partir das notícias veiculadas esta semana, de que a ex-secretária de Administração, Livânia Farias, estaria disposta a fazer a famosa delação premiada. Segundo se noticiou, ela, que nos autos da investigação, está atolada até o gogó, já teria reunido a família, mais para comunicar do que para discutir, a disposição de entregar Deus e o Diabo na terra do poder… Muita coisa, para não dizer tudo, das pretensões do PSB e do ex-governador Ricardo Coutinho pode ir de água a baixo dependendo da confirmação e do tamanho desta delação; das revelações da doutora Livânia poderá fazer; e de quem ela apontar como cúmplice ou responsável da suposta pilhagem do dinheiro público.

Tudo o que se disser sobre o que poderá vir por aí, pode ser até especulação. Mas, uma coisa é certa, há dias que não dormem bem nem Ricardo Coutinho, nem João Azevedo, nem Waldson de Sousa, nem Gilberto Carneiro. Estes dois últimos, também muito implicados nas investigações.

Para concluir: as únicas esperanças da oposição estão depositadas na Operação Calvário, porque, mesmo que os demais acusados nesta operação vão para a cadeia, basta Ricardo ficar de fora e livre também de qualquer impedimento, para continuar fazendo os estragos que tem feito contra os seus adversários em todas as eleições.

Governador

O que teria o governador João Azevedo a temer pela possível delação de Livânia? Por participação direta dele em lambança provavelmente nada. Mas se porventura ela atuou como um daqueles conhecidos agentes de campanha que arrecadam grana p’ra fazer a máquina moer, pode respingar no mandato dele, sim.

Mas…

Ninguém duvida, claro, da integridade moral e da conduta do governador João Azevedo, um técnico com uma imensa folha de relevantes serviços prestados ao Estado da Paraíba, sobre quem jamais se ouviu falar nada que comprometesse a sua reputação.

Se porventura a Operação Calvário respingar sobre ele terá sido, claro, pelos vícios corrosivos do sistema político eleitoral. Bom, todos têm a opção de pegar ou largar, arcando com todas as consequências de suas decisões…

Acredite

O deputado federal Julian Lemos disse numa emissora de rádio, segundo noticiou o PB Agora, que Moacir Rodrigues, irmão de Romero Rodrigues, não tem conteúdo para um bom debate.

 

Wellington Farias

 


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