Enquanto alguns vereadores da base do prefeito Luciano Cartaxo (PT) na Câmara Municipal de João Pessoa reclamam das “vacas magras” no que diz respeito ao prestígio na gestão petista, um em especial transita com tranquilidade pelo administrativo municipal, emplacando além da titularidade de uma Secretaria, o comando de uma Secretaria Adjunta.
Trata-se do vereador e poeta Bruno Farias que, mesmo sendo eleitor declarado do tucano Cássio Cunha Lima (PSDB) e adversário do governador Ricardo Coutinho (PSB), continua à frente da Secretaria Municipal de Turismo e ainda segura seu ex-chefe de gabinete, Ronald Lima, no posto de Secretário Adjunto da Transparência Pública, cujo salário chega à casa dos R$ 11 mil/mês.
Segundo informações de bastidores no legislativo municipal, a manutenção de duas pastas importantes nas mãos do cassista Bruno Farias vem causando estranheza entre outros vereadores governistas, que seguiram a orientação do prefeito nas eleições e que também querem ser prestigiados na gestão municipal. Muitos deles enfrentam dificuldades para emplacar aliados em cargos mais simples e outros já receberam a negativa do prefeito Luciano Cartaxo.
Recentemente o vereador João Almeida (SD) perdeu a titularidade da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, já a vereadora Raíssa Lacerda (PSD) teve o marido exonerado da gestão.
Por fora correm ainda os vereadores Benilton Lucena (PT), que sonha em emplacar um aliado na Secretaria de Educação e ainda o vereador Bira Pereira, que apesar de ter se filiado ao partido do prefeito, ainda não garantiu nenhum cargo expressivo no Paço Municipal.
Além de ser cassista, Bruno Farias também é um dos “órfãos” de Luciano Agra (PEN), que por sua vez já não tinha tanto prestígio na gestão Cartaxo.
Vereadores se perguntam nos corredores da Casa de Napoleão Laureano qual seria o segredo da “longevidade” e do prestígio de Bruno na gestão Cartaxo e devem cobrar a fatura ao prefeito em 2015, antes da finalização da reforma administrativa.
PB Agora