A afirmação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de que iria sugerir ao presidente interino Michel Temer uma alteração na regra de escolha do chefe do MinistérioPúblico repercutiu negativamente. Nesta segunda-feira (16), Temer desautorizou a proposta de Moraes e afirmou que manterá a tradição de escolher o mais votado na eleição interna dos procuradores da República.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (16), o novo ministro da Justiça afirmou que defenderia que o governo Temer não nomeasse necessariamente o nome mais votado da lista tríplice, argumentando que a Constituição não prevê eleição interna na Procuradoria e que o poder do Ministério Público é grande, mas não pode ser absoluto.
Desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro da lista tríplice ésempre indicado para o comando da Procuradoria Geral da República (PGR). A prática reforça a autonomia do Ministério Público.
O procurador-geral da República é indicado indiretamente pelos integrantes do Ministério Público Federal em votação interna. Os três mais votados formam uma lista tríplice, que é encaminhada à Presidência da República.
Jornal do Brasil