Promessas de Pablo Marçal em Angola envolvem recursos de ONGs de Prata, Paraíba, que não tem conexão com projeto.
Pablo Marçal, conhecido por seu projeto de “desfavelização” da comunidade rural de Camizungo, em Angola, tem sido destaque na mídia por suas ambiciosas promessas de construção de 300 casas na região. Com uma arrecadação alegada de mais de R$ 4,5 milhões desde 2009, Marçal prometeu transformar a realidade de Camizungo.
No entanto, uma visita ao local revelou uma situação alarmante: apenas 30 casas foram construídas e a comunidade ainda enfrenta sérios problemas de saneamento, acesso à água e insegurança alimentar. Além disso, a infraestrutura já precária foi sobrecarregada pelas promessas não cumpridas.
Uma investigação do Intercept Brasil descobriu que Marçal tem solicitado doações para o projeto citando o CNPJ de pelo menos duas organizações não governamentais (ONGs) sediadas em Prata, na Paraíba, uma cidade com pouco mais de 4 mil habitantes. No entanto, não foi encontrada nenhuma ligação das diretoras dessas ONGs com o projeto em Angola. Curiosamente, uma das ONGs mencionadas é prestadora de serviços da prefeitura de Prata.
A falta de transparência e a desconexão entre as ONGs mencionadas e a realidade do projeto em Angola começam a levantar questões sobre a verdadeira destinação dos recursos arrecadados e a eficácia das promessas feitas por Marçal.
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