O ex-senador Tião Viana (PT) foi eleito governador do Acre nesta segunda-feira (4). Com 99,31% das seções eleitorais apuradas, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele registrou 50,46% dos votos válidos. Tião Bocalom (PSDB), teve 49,23%, e Antônio Gouvêa, o “Tijolinho” (PRTB), 0,31%. O Acre era o único estado brasileiro que ainda não tinha definida a necessidade ou não de segundo turno para eleger seu governador.
Na campanha eleitoral, Tião Viana liderou desde o início as pesquisas de intenção de voto. Como principais propostas de campanha, ele defendeu a conclusão da rodovia BR-364, o aumento de policiamento nos bairros da capital do estado, Rio Branco, e a manutenção de programas de valorização dos servidores públicos do Acre.
No estado, o ex-senador, de 49 anos, obteve a adesão do PV à sua candidatura, partido que tem como candidata à Presidência Marina Silva, adversária da petista Dilma Rousseff na disputa. Além de contar com a adesão de PT e PV, a coligação de Viana é formada por Psol, PcdoB e outros 10 partidos.
Formado em medicina pela Universidade do Pará, Tião Viana foi eleito duas vezes senador, em 1999 e em 2007. Ele foi vice-presidente do Senado entre 2007 e 2009 e chegou a assumir a chefia interina da casa legislativa por dois meses, em 2007. Viana disputou a Presidência definitiva do Senado com José Sarney (PMDB-AP), mas perdeu a disputa.
Com o resultado da eleição no Acre, o PT mantém o governo do estado, que era ocupado por Binho Marques (PT). Antes de Binho, Jorge Viana, petista histórico e irmão de Tião Viana, foi governador do estado por dois mandatos. Aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Tião Viana nasceu em 9 de fevereiro de 1961, em Rio Branco. É casado e tem três filhos.
Urnas transportadas
A apuração dos votos no Acre sofreu atrasos porque pelo menos 15 urnas não conseguiram transmitir seus dados via satélite, no domingo (3). Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, as urnas, que estão no interior, serão transportadas para a capital por helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB), para que os últimos votos sejam cumputados.
A transmissão de dados via satélite foi prejudicada, ainda segundo o Tribunal, pela falta de energia elétrica em algumas cidades do estado. Com a estiagem prolongada e a seca nos rios, comunidades isoladas não puderam receber combustível para abastecer os geradores.
G1
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