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TRADIÇÃO FAMILIAR: parentes de políticos tentam se replicar no poder

Sobre um pretexto de tradição política, ou de confiança, muitos políticos paraibanos tentam lançar seu parentes nas eleições paraibanas. A partir da Capital percebe- se, no cenário político, a forte presença dos irmãos gêmeos Luciano e Lucélio Cartaxo. O primeiro é prefeito e pretende fortalecer seu poderio político.

 

Para tanto, aposta no segundo. Quer elegê-lo governador. Se assim o fizer, os irmãos Cartaxo terão o controle da Prefeitura da Capital e do Governo do Estado. Se Luciano Cartaxo conseguir colocar Lucélio no Palácio da Redenção, será um feito inédito na política da Paraíba. Nunca dois parentes realizaram tal façanha.

 

A família Cunha Lima já realizou este sonho de consumo dos políticos em relação à Prefeitura de Campina Grande e ao Governo do Estado. Ao mesmo tempo em que Ronaldo governou a Paraíba, entre 1991 e 1994, seu filho, Cássio, administrou a segunda maior cidade paraibana entre 1989 e 1993. Isso depois de suceder o pai.

 

Para as eleições deste ano, estão previstas inúmeras dobradinhas entre políticos da mesma família. Ainda na Capital, estarão na disputa por vagas na Câmara Federal e na Assembleia os irmãos Benjamin e Olenka Maranhão (ambos do MDB). Eles ainda contam com o importante apoio do tio, o senador José Maranhão, que disputará o Governo pela quarta vez.

 

Em Patos e Juazeirinho, pares de irmãos estarão em campanha. No entanto, apenas um em cada cidade estará na disputa. Em Patos, o empresário Gustavo Wanderley (PSDB) disputará uma cadeira na Assembleia com o apoio do irmão, o prefeito Dinaldinho Wanderley (PSDB). Gustavo ainda terá o reforço do pai e da mãe, os ex-deputados Dinaldo e Edna Wanderley.

 

Entre João Pessoa, Campina Grande e Sousa, três membros da família Gadelha já estão em cena: o ex-deputado federal Leonardo Gadelha planeja voltar à Câmara Federal, em dobradinha com o tio, Renato Gadelha, que já é deputado estadual, e com o apoio de outro tio, Dalton (irmão de Renato) que mira o Senado. Os três têm apoio do influente ex-senador Marcondes Gadelha (pai de Leonardo e irmão de Renato e Dalton) e do ex-prefeito André Gadelha, primo deles.

 

Gadelha sem o sobrenome, o deputado Lindolfo Pires (primo de todos eles) está do outro lado. Vai disputar em faixa própria, com o apoio do prefeito de Sousa e amigo, Fábio Tyrone. Em Patos, pai e filho também estão na disputa. O deputado estadual Nabor Wanderley é pai do deputado federal Hugo Motta. Filiados ao PRB, os dois vão para a reeleição. Vão enfrentar a máquina administrativa da Prefeitura, hoje sob o comando do primo Dinaldinho Wanderley. Nabor e Hugo contam com o apoio da sogra e avó, Francisca Motta, que foi prefeita de Patos e ainda exerce forte influência na política local. Sem território bem definido, outra dupla de pai e filho tentará se manter no poder a partir de 2019: Wellington e Caio Roberto, respectivamente deputados federal e estadual. Ambos são filiados ao PR.

 

 

Redação

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