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Traficante de animais silvestres foi denunciado por lavagem de dinheiro

Um homem considerado o maior traficante de animais do Brasil, foi denunciado na segunda-feira (16) pelo Ministério Público Federal (MPF) por lavagem de dinheiro. O acusado está preso no presídio Romero Nóbrega em Patos, no Sertão paraibano, em decorrência de um pedido de prisão preventiva feito pelo próprio MPF e aceito pela Justiça. Em cerca de 20 anos como traficante de animais silvestres, o acusado obteve um patrimônio de mais de R$ 1,3 milhão.

O anúncio aconteceu nesta terça-feira (16). Valdivino Honório de Jesus, que já foi detido 15 vezes pela polícia, possui um patrimônio estimado em R$ 1,3 milhão, instituído através do comércio ilegal.

Ainda de acordo com o MPF, Valdivino colocava os bens adquiridos com dinheiro do tráfico de animais em nome de laranjas. O acusado lavou dinheiro por pelo menos cinco vezes, a maioria delas na aquisição de veículos. Valdivino Honório havia sido preso outras 14 vezes por tráfico de animais silvestres, mas por se tratar de um crime considerado brando, assinava um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e era liberado.

acusado havia sido alvo de uma operação da Polícia Federal em setembro de 2017 e foi obrigado a cumprir medidas cautelares para permanecer respondendo aos crimes em liberdade, como o comparecimento à Justiça uma vez por mês e o pagamento de um multa de R$ 40 mil. De acordo com o MPF, as multas impostas a Valdivino decorrentes do tráfico de animais ultrapassam os R$ 9 milhões.

Além da aplicação da prisão, acatada pela Justiça, na denúncia de lavagem de dinheiro o Ministério Público Federal pede a perda de cargo, emprego ou função pública de Valdivino. Ele é servidor da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado da Paraíba (Emepa). O MPF pediu também a reparação do dano, orçado em R$ 1,3 milhão, acrescidos de todos os débitos administrativos constantes nos processos que tramitam na 14ª Vara Federal.

O MPF entrou com uma ação para que a residência do denunciado, localizada na zona urbana de Patos, seja alvo de sequestro judicial. O MPF pediu o depósito do produto da alienação em conta vinculada ao juízo até a decisão final condenatória da ação penal principal.

Redação

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