O que tem em comum Lígia Feliciano, do PDT; Manoel Júnior, do PMDB e Enivaldo Ribeiro, do PP? A reposta é simples: o desejo e a iminência de se tornarem, ao mesmo tempo, chefes de um dos poderes executivo, seja no âmbito estadual, seja no âmbito municipal.
Há uma expectativa em torno desses políticos, que podem assumir a titularidade do Executivo na Capital, na segunda maior cidade da Paraíba, e no Governo do Estado, caso os atuais titulares renunciem aos mandatos, em abril do ano que vem, para disputar as eleições do próximo ano.
Em João Pessoa já é praticamente dado como certa a renúncia do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), em abril do próximo ano, para disputar o Governo do Estado.
Ele tem dado sinais e gestos neste sentido a todo momento. Se a renúncia for sacramentada, o peemedebista Manoel Junior, que renunciou ao mandato de deputado federal para ser vice-prefeito, assume a prefeitura da Capital e fica no comando até 2020, com possibilidade de se reeleger até 2024.
Em Campina Grande o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) também tem dado sinais de que não pretende ser apenas coadjuvante nas eleições do próximo ano e pensa em renunciar para também figurar na campanha de 2018.
Se renunciar, quem assume é o vice Enivaldo Ribeiro (PP), que é pai do líder do Governo Temer, Aguinaldo RIbeiro (PP) e da deputada Daniella Ribeiro (PP).
Por fim, mas não menos importante, também é quase certo que o governador Ricardo Coutinho (PSB) renuncie ao executivo estadual para disputar uma cadeira no Senado Federal. A articulação é praxe entre os governadores da Paraíba desde o início do século XX. Em seus segundos mandatos eles renunciam para alçar novos vôos, de preferência o Senado Federal.
Se renunciar, Lígia Feliciano assume em definitivo pelos próximos oito meses, inclusive com o direito legal e natural de disputar a reeleição na disputa estadual. Lígia pode se tornar a mulher que, por mais tempo, comandou os destinos da Paraíba.
PB Agora