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TSE divulga número de votos de candidatos ‘fichas-sujas’; Cássio ficou na 3ª colocação

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O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou na tarde desta segunda-feira o número de votos dos candidatos com registro indeferido –que entraram com recurso– pela Lei da Ficha Limpa. O deputado federal Jader Barbalho (PMDB), candidato ao Senado pelo Pará, é o ficha-suja mais votado em todo o país: 1.799.762 votos.

O segundo candidato ficha-suja mais votado, Paulo Rocha (PT), também concorreu ao Senado pelo Pará. Ele recebeu 1.733.376 votos. Os senadores eleitos pelos votos válidos no Estado foram Flexa Ribeiro (PSDB), com 1,8 milhão votos, e Marinor Brito (PSOL), com 727 mil votos.

Na Paraíba, o candidato a senador com registro indeferido Cássio Cunha Lima (PSDB) teve 1.004.183 votos. Os eleitos foram Vitalzinho (PMDB) –869 mil votos– e Wilson Santiago (PMDB) –820 mil.

No Estado de São Paulo, o candidato barrado pela Lei da Ficha Limpa mais votado foi Paulo Maluf (PP-SP). Concorrendo a reeleição como deputado federal, Maluf recebeu 497.203 votos, cerca de 243 mil votos a menos do que em 2006, quando ele foi eleito com cerca de 740 mil votos.

O candidato a governador do Estado de São Paulo do PSOL, Paulo Bufalo, também não teve seus 75.895 votos computados durante a apuração no domingo (3). Seu vice, Aldo Josias dos Santos, teve o registro da candidatura indeferido.

No Estado de Rondônia, o candidato a governador do PSDB, Expedito Júnior, obteve 124.625 votos. A disputa será decidida em segundo turno entre Confúcio Moura (PMDB) –291 mil votos– e João Cahulla (PPS) –246 mil.

O candidato ficha-suja mais votado no Estado do Rio Grande do Sul foi Maria do Rosário Nunes (PT), que concorreu à Câmara e recebeu 143 mil votos. No Rio de Janeiro, o político barrado pela lei que mais recebeu votos foi Arnaldo Vianna (PDT), que também concorreu à Câmara, e obteve 53.605 votos.

PROCESSOS

Barbalho renunciou ao cargo de senador, em 2001, para escapar de processo de cassação de mandato e perda dos direitos políticos por acusações de corrupção e desvio de dinheiro público no Pará. Pela lei do Ficha Limpa, renunciar ao mandato para evitar processo é critério de inelegibilidade.

Paulo Rocha foi barrado por ser réu no processo do mensalão –esquema denunciado pela Procuradoria-Geral da República que financiava parlamentares do PT e da base aliada em troca de apoio político.

Cassio Cunha Lima foi cassado pelo TRE-PB (Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba) em 2007 com a acusação de usar um programa social em benefício de sua candidatura. Com liminar, Cássio voltou ao cargo mas foi novamente cassado no fim do ano por suposto uso eleitoreiro do jornal estatal "A União". Com outra liminar, permaneceu no cargo de governador. Em 2009 teve seu mandato cassado em definitivo.

De acordo com o PSOL, Aldo Josias dos Santos teve o registro da candidatura indeferido por ter usado um carro da Câmara de vereadores de São Bernardo do Campo (Grande SP) para retirar mulheres e crianças do acampamento Santo Dias antes de uma reintegração de posse, em 2003.

O deputado Paulo Maluf responde a crimes contra a administração e patrimônio públicos. O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo barrou o candidato pela condenação no Tribunal de Justiça pelo suposto envolvimento em compra superfaturada de frangos pela Prefeitura de São Paulo na época em que era prefeito.

Expedito Júnior foi cassado, quando senador, em 2007, por compra de votos –o que o tornou inelegível por três anos.

FolhaOnline

 

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