Categorias: Política

TSE pode impedir divulgação da votação de Cássio

PUBLICIDADE

SITUAÇÃO COMPLICA: votação de Cássio pode ficar em segredo durante apuração; votos de candidatos sub judice não serão divulgados, diz TSE

A cada posição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou nova interpretação sobre a legislação eleitoral, parece mais distante o fim do “calvário” vivido pelo candidato ao Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB). Desta vez, com base na interpretação dada à situação da ex-governadora e candidata a senadora Maria Abadia (PSDB), somada a uma possível indefinição quanto a aplicação do Ficha Limpa, é provável que o tucano paraibano passe pelas eleições de outubro sem saber sequer a quantidade de votos que obteve.

Segundo resposta do TSE sobre os reflexos que a manutenção do Ficha Limpa poderá trazer aos candidatos com registro sub judice no Supremo Tribunal Federal, ficou definido que os postulantes não terão seus votos divulgados. As informações ficarão sob sigilo até que o impasse sobre a aplicação da nova lei para este ano seja sanado.

O que pode acontecer

Juristas que atuam na área eleitoral avaliam que a suspensão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do julgamento sobre a validade da Lei Ficha Limpa em 2010, traz "confusão jurídica" e explicam quais os cenários possíveis para a eleição. Se a aplicação da lei for votada e aprovada somente após a eleição, candidatos que foram considerados inelegíveis perderão a possibilidade de tomar posse. Em alguns casos, a Justiça Eleitoral pode ter que refazer as contas que determinam quantos deputados cada partido poderá eleger.

Para o advogado especializado em direito eleitoral, Antônio Carlos Mendes, que já foi procurador do TRE-SP, no caso dos cargos majoritários, postergar a definição para depois da eleição pode ter menos reflexos porque a situação, de modo geral, é mais simples: anulam-se os votos do candidato. Se ele tiver recebido mais de 50% dos votos válidos, faz-se nova eleição.

Nas eleições proporcionais, a confusão jurídica será maior. "O voto é o voto de legenda. Os chamados puxadores de votos podem ter uma votação expressiva e, nessa votação, como o voto é de legenda e proporcional, podem eleger outros candidatos. Considerando-o inelegível, os votos neles não considerados nulo. Aí surge o grande problema, porque os votos são usados para definição do quociente eleitoral e do quociente partidário. O cálculo, então, tem de ser refeito", avalia Mendes.
 

 

Luis Alberto Guedes

com informações do Correio Braziliense e G1

PB agora
 

 

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Mídia nacional elenca a PB entre os doze estados que pediram reforço na segurança no dia do 1º turno

O portal Correio Brasiliense trouxe hoje (26), uma reportagem no qual destaca que o Tribunal…

26 de setembro de 2024

TJ-PB aprova calendário para escolha de novos desembargadores e forma listas tríplices do MP e OAB

O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) aprovou nesta quarta-feira (25), em sessão…

26 de setembro de 2024

MPs e forças de segurança se reúnem para combater assédio eleitoral e garantir “voto livre” nas eleições municipais na PB

O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT) e o Ministério Público Federal (MPF) se…

26 de setembro de 2024

Rede social X alega ter cumprido exigências e pede ao STF desbloqueio da plataforma no Brasil

A rede social X enviou nesta quinta-feira um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para…

26 de setembro de 2024

Motociclista morre em colisão com caminhão na Avenida Hilton Souto Maior, em João Pessoa

Um grave acidente na tarde desta quinta-feira (26) resultou na morte de um motociclista no…

26 de setembro de 2024

Preço do litro da gasolina oscila entre R$ 5,880 e R$ 6,170 em João Pessoa

O preço da gasolina comum na Capital registra nova redução para pagamento à vista nas…

26 de setembro de 2024